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Depoimento à CPMI

Defesa de Bolsonaro diz que "entorno primário" do ex-presidente nunca fez grampo

Fábio Wajngarten publicou nas redes sociais negando depoimento do hacker Delgatti na CPI do 8 de janeiro

Walter DelgattiWalter Delgatti - Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente constituida por seu ex-secretário de Comunicação Fábio Wajngarten, afirmou nas redes sociais que “nunca, jamais” houve grampo no entorno do ex-presidente.

“NUNCA, JAMAIS, houve grampo, nem qualquer atividade ilegal, nem não republicana, contra qualquer ente político do Brasil por parte do entorno primário do Presidente. Mente e mente e mente”, escreveu Wajngarten.

O hacker Walter Delgatti afirmou a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes teria sido grampeado. Segundo ele, em uma reunião com o ex-presidente Jair Bolsonaro, em 2022, ouviu que o governo já tinha conseguido grampear o magistrado.

Ainda segundo o hacker, Bolsonaro teria sugerido que Delgatti assumisse a autoria do grampo.

— Segundo ele (Bolsonaro), eles haviam conseguido um grampo, que era tão esperado à época, do ministro Alexandre de Moraes. Que teria conversas comprometedoras do ministro, e ele precisava que eu assumisse a autoria desse grampo — disse Delgatti.

— Eu era o hacker da Lava-Jato, né. Então, seria difícil a esquerda questionar essa autoria, porque lá atrás eu teria assumido a 'Vaza-Jato', que eu fui, e eles apoiaram. Então, a ideia seria um garoto da esquerda assumir esse grampo — afirmou.

Delgatti disse ter se encontrado com o ex-presidente durante um café da manhã, em agosto do ano passado, em que ele o questionou sobre a possibilidade de invadir as urnas eletrônicas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo Delgatti, Bolsonaro teria dito "eu preciso que você vá até o ministério da Defesa e converse com os técnicos".

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