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Defesa de Bolsonaro tenta evitar depoimento de Anderson Torres, previsto para esta quinta (16)

Tribunal Superior Eleitoral quer que ex-chefe do Ministério da Justiça explique minuta com teor golpista encontrada em sua casa

 Anderson Torres Anderson Torres - Foto: Agência Brasil

Advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro apresentaram um recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no qual tentam impedir que o ex-ministro da Justiça Anderson Torres preste depoimento sobre uma minuta golpista encontrada em sua casa, em janeiro. Torres deverá ser ouvido ainda nesta quinta-feira (16) pela Corte na ação que apura os ataques às urnas eletrônicas feitas pelo ex-presidente em reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada.

No recurso, a defesa ainda pede a revogação de outras medidas complementares determinadas pelo TSE durante a ação, incluindo a própria inclusão da minuta golpista no processo. Os advogados de Bolsonaro afirmam que o depoimento de Torres "ostenta pouca ou nenhuma utilidade processual", uma vez que o ex-ministro já foi ouvido sobre o documento no âmbito de outro inquérito.

O depoimento de Torres foi solicitado pelo corregedor-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Benedito Gonçalves, relator de uma ação em que, caso Bolsonaro seja condenado, uma das consequências pode ser sua inelegibilidade.

Além dos esclarecimentos sobre a minuta, o ministro do TSE quer ouvir Torres sobre sua participação em uma live feita pelo ex-presidente com ataques ao sistema eleitoral. Na transmissão de julho de 2021, Bolsonaro promoveu uma série de teorias da conspiração sobre as urnas eletrônicas supostamente baseadas em um inquérito da Polícia Federal sobre as eleições de 2018. Segundo Gonçalves, esse fato também foi mencionado para os embaixadores na reunião de 2022.

A ação sobre a reunião de Bolsonaro com embaixadores no Palácio da Alvorada foi apresentada pelo PDT em agosto do ano passado. Diante da descoberta da minuta golpista na casa de Torres, em janeiro deste ano, os advogados do partido, Ezikelly Barros e Walber Agra, pediram para que os fatos sejam analisados de maneira conjunta, o que foi autorizado por Benedito Gonçalves.

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