Defesa de Braga Netto nega financiamento para plano golpista
Defesa do general também negou "embaraço e obstrução" das investigações
A defesa do general Walter Braga Netto divulgou uma nova nota na noite deste domingo, na qual negou haja motivos para a prisão preventiva do militar. O general teria atuado, segundo a Polícia Federal (PF) para “embaraçar as investigações”.
Em decisão cumprida no sábado, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que Braga Netto tentou controlar as informações prestadas pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro Mauro Cid, que fechou um acordo de delação premiada.
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O magistrado também mencionou provas colhidas indicando que o oficial de alta patente teria ajudado a financiar um plano de assassinato de autoridades. Os alvos eram o próprio Moraes, o então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e seu vice, Geraldo Alckmin.
Os advogados do general dizem que não houve “qualquer obstrução ou embaraço às investigações”. Acrescentaram ainda que se manifestarão nos autos depois de terem total acesso aos fatos que embasaram a decisão.
“A defesa reitera que o cliente jamais realizou reuniões em sua residência para tratar de assuntos ilícitos, bem como nunca recebeu ou repassou quaisquer recursos para financiar atos antidemocráticos”, finaliza o pronunciamento.