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Defesa de Cid pede que STF o autorize a não ir na CPI do 8 de janeiro

Advogados querem que ex-ajudante de ordens possa optar por não ir ou por não responder perguntas

Mauro Cid atuou como ajudante de ordens de Jair BolsonaroMauro Cid atuou como ajudante de ordens de Jair Bolsonaro - Foto: Alexandre Cassiano

A defesa do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que ele não seja obrigado a comparecer à CPI do 8 de janeiro, para evitar que seja alvo de "atos ilegais e constrangedores". Os advogados pedem ainda para que, caso ele opte por comparecer, possa permanecer em silêncio.

Na terça-feira (13), os membros da CPI aprovaram a convocação de Cid, mas uma data para o depoimento ainda não foi definida. A comissão convocou Cid como testemunha, o que o obrigaria a comparecer. Sua defesa, no entanto, contesta essa classificação e afirma que ele está sendo tratado como investigado.

Os advogados solicitam que, caso Cid decida comparecer, seja garantido a ele:
- direito ao silêncio
- direito de não ser submetido ao compromisso de dizer a verdade
- direito de não sofrer constrangimentos físicos, morais e psicológicos
- direito à assistência de seus advogados durante o depoimento

O pedido foi protocolado na noite de quinta-feira no STF, na forma de um habeas corpus. Os advogados pedem que a ação seja sorteada entre os ministros, e que não seja enviada automaticamente ao ministro Alexandre de Moraes, relator de uma investigação contra ele. O processo ainda não foi distribuído.

Na quinta-feira, Moraes atendeu a um pedido da CPI dos Atos Antidemocráticos, da Câmara Legislativa do Distrito Federal, e autorizou que Cid e outras seis pessoas que estão presas sejam liberados para depor na comissão. O ministro afirmou, no entanto, que deve ser garantido a todos os o direito ao silêncio.

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