Defesa de "kid preto" pede retorno de visitas familiares ao STF
Irmã de 'kid preto' tentou entrar com fone de ouvido, cabo usb e cartão de memória no Batalhão de Polícia do Exército
A defesa do tenente-coronel Rodrigo Bezerra Azevedo, do Exército, recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para pleitear a retomada das visitas de familiares ao militar, que está detido no Comando Militar do Planalto, em Brasília, desde novembro do ano passado.
Leia também
• Bolsonaro tem novo advogado para sua defesa no STF; saiba quem é
• Moraes: "Redes só vão atuar no Brasil se respeitarem a legislação"
• Além de Bolsonaro, que pediu liberação do passaporte ao STF, saiba quem deve ir à posse de Trump
Azevedo, um oficial das Forças Especiais do Exército, foi preso durante a operação Contragolpe da Polícia Federal (PF), que resultou na prisão de cinco militares sob as suspeitas de envolvimento em um plano de golpe de Estado, que incluía a organização de um atentado contra o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.
As visitas foram suspensas em dezembro, quando a irmã de Azevedo tentou entrar na instalação militar com um fone de ouvido escondido dentro de uma caixa de panetone. Na última quinta-feira, o advogado do tenente-coronel, Jeffrey Chiquini, entrou com um pedido para que o STF reconsiderasse essa suspensão.
Ele solicitou que as visitas dos familiares, especialmente da esposa e da filha de Azevedo, fossem autorizadas de forma remota, por meio de videoconferência. A defesa enfatizou que os familiares do militar estão dispostos a renunciar ao direito à privacidade nas visitas, permitindo que todos os atos sejam supervisionados por um militar designado.
Recentemente, os advogados de Azevedo já haviam solicitado a retomada das visitas, mas o pedido não foi acolhido. Em defesa de seu cliente, os advogados afirmaram que Azevedo não tinha conhecimento da ação isolada de sua irmã, destacando que essa conduta não deve ser vinculada ao custodiado ou a seus familiares, o que deve ser levado em conta na avaliação do caso.