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INVESTIGAÇÃO

Delação de Cid cita senador Heinze como integrante de grupo de 'radicais' que defendeu ação militar

Senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) é citado pelo ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro em delação à Polícia Federal

Mauro CidMauro Cid - Foto: Lula Marques/Agência Brasil

Em delação à Polícia Federal, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, citou o senador Luis Carlos Heinze (PP-AL) como integrante do grupo de "radicais" que defendia uma narrativa de fraude eleitoral e a necessidade de uma ação militar no país após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva nas urnas. Procurado, o parlamentar não respondeu aos contatos.

A informação consta na investigação da Polícia Federal obtida pelo Globo. O documento cita a organização de uma reunião entre Heinze e Bolsonaro no dia 12 de novembro, cerca de duas semanas após o segundo turno.

Na ocasião, Cid e o ex-ministro Walter Braga Netto, que foi candidato a vice na chapa de Bolsonaro, discutem sobre uma videoconferência marcada para aquele dia.

Braga Netto então diz:

"Deixa ele com o PR (Presidente da República), que eu já sei qual é o assunto".

Em um áudio interceptado pela PF, gravado em 8 de novembro de 2022, Mauro Cid relata a um interlocutor (segundo a PF, aparentemente endereçado ao então comandante do Exército, general Freire Gomes) que Jair Bolsonaro estava recebendo visitas pessoais para “pressioná-lo a tomar medidas mais fortes para reverter o resultado das eleições”.

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