Política

Deltan volta à Câmara pela primeira vez após ser cassado para participar de debate sobre Lava-Jato

Audiência pública também reunirá críticos da operação, como o advogado Kakay

O ex-deputado federal Deltan Dallagnol, no plenário da Câmara O ex-deputado federal Deltan Dallagnol, no plenário da Câmara  - Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

O ex-procurador e ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Novo-PR) vai participar na tarde desta terça-feira de um debate na Câmara sobre a Operação Lava-Jato. O evento acontece um ano depois de Deltan ter o mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). É a primeira vez que ele volta à Casa Legislativa após perder o cargo.

A audiência pública será realizada pela Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara, presidida pelo deputado Joseildo Ramos (PT-BA). O requerimento para a realização do debate é de autoria da deputada Adriana Ventura (Novo-SP), entusiasta da operação que faz dez anos em 2024.

O ex-coordenador da força-tarefa da Lava-Jato no Ministério Público Federal foi condenado a perder o mandato após o TSE considerar, em maio do ano passado, que ele adotou uma manobra ao se aposentar do cargo de procurador antes da evolução de um processo disciplinar contra ele.

A data da audiência pública acontece no mesmo dia em que o TSE deve decidir se o senador Sergio Moro (União-PR) vai manter ou não o mandato. O parlamentar, que foi o juiz responsável pelos casos da Lava-Jato, é alvo de ações do PT e do PL, que o acusam de gastos irregulares na campanha de 2022.
 

Além de Deltan, também irão participar os advogados Antonio Carlos de Almeida, conhecido como Kakay, e Alberto Zacharias Toron, que tem como clientes políticos que chegaram a ser alvos da Lava Jato.

Para justificar o requerimento, Adriana Ventura disse que a Lava-Jato "representa um marco significativo na história jurídica e política do Brasil, trazendo à tona complexas redes de corrupção que envolviam diversas esferas do poder público e setores empresariais".

Apesar disso, ela faz uma ressalva de que a operação também provocou discussões que vão desde "a utilização de delações premiadas e a condução de operações, até as garantias dos direitos dos investigados e a publicidade dada às ações e decisões".

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