"Democracia será consolidada quando tivermos tolerância", diz presidente da CNM ao lado de Bolsonaro
Paulo Ziulkoski defendeu convivência 'pacífica' entre prefeitos de partidos diferentes
O presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, afirmou nesta terça-feira que a "democracia só será consolidada" quando houve "tolerância". A declaração ocorreu em evento que contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro.
Em discurso durante a Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, conhecida como Marcha dos Prefeitos, Ziulkoski ressaltou que representantes de diversos partidos estavam ali "convivendo de maneira pacífica".
— Aqui está a divergência do Brasil. Aqui estão prefeitos de todos os partidos. Aqui tem prefeitos da extrema esquerda, da esquerda, do centro, da direita. Não vou qualificar os partidos. Mas todos estão aqui convivendo de maneira pacífica.
Leia também
• É preciso evitar mudanças na legislação por "paixão momentânea", diz Pacheco
• Em 26 dias, tornozeleira de Daniel Silveira ficou desligada por mais da metade do tempo
• Lula diz que benefício dado a Daniel Silveira foi "decisão estúpida" de Bolsonaro
Em seguida, defendeu a diversidade e dirigiu-se a Bolsonaro:
— E é isso que nós queremos para o Brasil. Nós queremos que a diversidade....Sim, ela existe. Mas a democracia só será consolidada quando nós tivermos a tolerância. E nós estamos aqui dizendo, senhor presidente, que este é o nosso papel, com muito orgulho. Todos aqui convivendo, os prefeitos de partidos totalmente diferentes, mas sempre em uma causa comum.
Depois, no mesmo discurso, o presidente da CNM pediu respeito ao pré-candidatos à Presidência que irão participar do evento. Está prevista a participação de Ciro Gomes (PDT), João Doria (PSDB) e Simone Tebet (MDB).
— Como nós vamos receber candidatos à Presidência da República, eu quero conclamar o plenário que tenham altivez e respeito. Respeito às autoridades e candidatos que estão aqui conosco. Se possível aplaudir, vamos aplaudir. Mas não vamos criar um clima de animosidade. Vamos dar exemplo ao Brasil. O Brasil precisa fazer como nós estamos fazendo: se unir. Unidos, para que possamos resgatar nossa moral, a nossa dignidade e trabalhar por um Brasil cada vez maior.
Veja também
Militares indiciados pela PF queriam arrastar promotor e deputados para gabinete do golpe
