Denúncias de assédio eleitoral já chegam a 903
Dados do Ministério Público do Trabalho mostram que total de relatos é quatro vezes maior que 2018
O Ministério Público do Trabalho recebeu 903 denúncias de assédio eleitoral contra 750 empresas no país até esta quinta-feira (20). A dez dias do segundo turno das eleições, os números da campanha deste ano já superam os de 2018, quando o MPT registrou 212 denúncias contra 98 empresários.
Os relatos são de patrões tentando fazer empregados voltarem em determinado candidato prometendo folga, bônus ou ameaçando empregados de demissão.
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O assédio eleitoral é crime e ocorre quando um empregador age para coagir, ameaçar ou promete benefícios para que alguém vote em determinado candidato.
A quantidade de denúncias registradas pelo MPT tem subido diariamente. Até terça-feira da semana passada,, os relatos envolviam 197 empresas. Nessa segunda, o total de empregadores denunciados já chegava a 396 e, nesta quarta-feira, a 572 — 178 a menos do que nesta quinta. Uma empresa pode ter sido denunciada mais de uma vez.
A região Sudeste do país é a que mais contabiliza casos até o momento: 382. Minas Gerais é o estado com o maior número de registros, totalizando 254. Esse ranking é seguido por Paraná (98) e Santa Catarina, com 88.
Depois do Sul, a região Sudeste concentra a maior parte das denúncias, com 261 casos. A região é seguida por Nordeste, com 140 denúncias; Centro-Oeste (69) e Norte (51).