caso das joias

Depoimento de Bento Albuquerque em caso das joias de Bolsonaro é adiado

A pedido da defesa, ex-ministro de Minas e Energia de Jair Bolsonaro deve depôr por videochamada

Bento Albuquerque, ministro das Minas e Energia do governo BolsonaroBento Albuquerque, ministro das Minas e Energia do governo Bolsonaro - Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

O depoimento do ex-ministro de Minas e Energia no governo de Jair Bolsonaro, Bento Albuquerque, sobre as joias trazidas ilegalmente ao Brasil foi adiado para semana que vem. A audiência estava marcada para esta quinta-feira (9). A pedido da defesa, ex-ministro deve depôr por videochamada na próxima terça-feira (14).

Bento Albuquerque manteve uma segunda caixa de joias entregue pelo governo da Arábia Saudita e destinada a Bolsonaro guardada no cofre do prédio do ministério por mais de um ano, até ser registrada e enviada ao acervo da Presidência da República. O pacote continha um relógio, uma caneta, um par de abotoaduras, um anel e um tipo de rosário, todos da marca suíça Chopard, e era supostamente destinado ao então presidente.

O material entrou no Brasil em outubro 2021, sem ser declarado, pelas mãos do ex-ministro. Ele trouxe o estojo na sua bagagem pessoal. Normalmente, presentes entre governos são despachados como bagagem diplomática, sobre a qual não há cobrança — já que se trata de um bem do governo brasileiro.

O Fisco só soube desse segundo pacote agora, após as revelações do caso. Na época, era obrigatória a declaração à Receita de qualquer bem que entrasse no país cujo valor fosse superior a US$ 500 — hoje, são US$ 1 mil. O ex-ministro de Bolsonaro pode ser multado por ter entrado no país sem declarar os bens. Não há estimativa ou avaliação pública desse segundo lote de joias.

Joias de 16,5 milhões
Um primeiro pacote, com um conjunto de joias e relógio avaliados em R$ 16,5 milhões, que seria para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, foi retido no Aeroporto de Guarulhos, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo. Os objetos estavam com Marcos Soeiro, militar então assessor de Albuquerque.

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