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Coronavírus

Deputado diz ter nojo de almoço de Bolsonaro com 'gargalhadas festivas' em dia de recorde de mortes

O Brasil registrou 1.726 mortes na última terça (2), maior número diário de vidas perdidas de toda a pandemia até agora

Presidente do Brasil, Jair BolsonaroPresidente do Brasil, Jair Bolsonaro - Foto: Marcos Corrêa/PR

O deputado Fábio Trad (PSD-MS) escreveu em suas redes sociais que se enoja com o almoço organizado por Jair Bolsonaro nesta terça-feira (2), no Palácio do Planalto, com parlamentares da bancada mineira no Congresso e ministros.

O presidente foi descrito como "alegre" e "bem descontraído" pelos participantes. O Brasil registrou 1.726 mortes nesta terça, maior número diário de vidas perdidas de toda a pandemia até agora.

O cardápio, preparado pelo deputado Fábio Ramalho (MDB-MG), teve leitão, feijão tropeiro, linguiça e carne moída com quiabo.
 


"Não é tanto pelo leitão, mas pela descontração festiva da mesa farta de altas gargalhadas no mesmo dia em que os cemitérios brasileiros mais receberam corpos vitimados pelo vírus. É isto que choca. É isto que afronta. É isto que enoja", escreveu Trad.

"Sensação de abandono. A gente precisava de alguém pra unificar o país. Ele faz justamente o contrário, desagrega e fomenta intrigas. Defende posições anticientíficas. Não dá", completa o deputado à reportagem.

No mesmo dia, com a pandemia escalando para o seu pior momento no país, o grupo de governadores, que não se encontra com Bolsonaro há 286 dias, fez reunião com Arthur Lira (PP-AL) -oito deles presencialmente, em Brasília, e 14 à distância.

Em São Paulo, João Doria (PSDB-SP) fez encontro com 618 prefeitos ou seus representantes para discutir novas medidas de controle. O governador anunciou nesta quarta (3) que o estado entrará na fase vermelha a partir de sábado (6).

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