BRASÍLIA

Deputado do PL bate boca com líder do PT em sessão na Câmara que homenageou MST: "Baixa a bola"

Deputados da oposição apresentaram moção de repúdio à homenagem ao movimento agrário

Sessão na Câmara Federal em homenagem aos 40 anos do MSTSessão na Câmara Federal em homenagem aos 40 anos do MST - Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

A sessão em homenagem aos 40 anos do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) na Câmara dos Deputados ficou marcada por vaias, discussões e um bate-boca entre o deputado federal Rodolfo Nogueira (PL-MS) e o líder do PT na Casa, Odair Cunha (PT-MG).

O deputado de oposição discursava em protesto à homenagem prestada ao MST, que segundo Nogueira, tem “40 anos de destruição”. Após descer do púlpito do Plenário, Nogueira grita para o líder petista não levantar o dedo para ele.

— Você não tem autoridade para fazer isso — retruca Cunha.

O deputado do PL então responde para o colega “baixar a bola”.

— Então baixa a bola, baixa a bola rapaz! Não mete o dedo na minha cara — diz em voz alta.

Na sessão, o ex-ministro do Meio Ambiente e deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) foi outro membro da oposição que protestou contra a sessão em homenagem ao MST.

— Entendo que não há nada a ser comemorado. Esses 40 anos são de insucesso de uma política que fracassou e volta a ser feita de maneira que vai fracassar — disse Salles, que foi vaiado pelos militantes presentes na Câmara.

A sessão aconteceu após um requerimento feito por deputados que fazem parte do movimento agrário. A segunda-secretária da Câmara, Maria do Rosário (PT-RS) comandou a sessão e repreendeu os protestos dos parlamentares. A deputada leu um pronunciamento do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), que afirmou que o movimento tem “os mais elevados méritos”.

Em pronunciamento à sessão, lido por Rosário, o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), disse que o MST tem “os mais elevados méritos” e que defende bandeiras “de atenção questionável”. Para ele, a base do movimento “tem sido combativa e exitosa na tarefa de questionar o desmazelo em relação à dignidade e aos direitos humanos dos trabalhadores rurais”.

Após o término da sessão, parlamentares da oposição divulgaram uma moção de repúdio à homenagem.

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