REPERCUSSÃO

Deputado do PL que fez o "L de Lula" justifica fotografia: "Momento de alegria"

Yury do Paredão (PL-CE) afirmou ao Globo que não esperava o vazamento da imagem; reunião com Valdemar Costa Neto confirmou saída da sigla

Deputado federal Yury do Paredão (PL-CE)Deputado federal Yury do Paredão (PL-CE) - Foto: Yury do Paredão/Arquivo pessoal

O deputado federal Yury do Paredão (PL-CE) justificou nesta quinta-feira (20) a fotografia em que aparece "fazendo o L" ao lado de ministros do governo Lula (PT), Paulo Pimenta (Comunicação Social) e Waldez Góes (Desenvolvimento Regional).

A imagem veio à tona após ser publicada na coluna do jornalista Paulo Cappelli, do portal Metrópoles. Em entrevista ao Globo, o parlamentar afirmou que se tratava de um "momento de alegria", mas que respeita a decisão do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, em expulsá-lo da sigla.

— Não esperava que fosse (vazar a foto). Foi um encontro democrático com os ministros de Lula. Na verdade, a foto foi um momento de alegria pela inauguração da bomba, mas respeito a decisão de Valdemar — descreveu Yury sobre a agenda da última quinta-feira.
 


Nesta quinta-feira, o deputado esteve com Valdemar Costa Neto em encontro em que o presidente confirmou que ele será punido pela atitude na semana passada. À reportagem, Yury descreveu a reunião como "respeitosa e tranquila".

Sobre os planos para o futuro, Yury do Paredão afirma que irá aguardar o final do processo para decidir qual partido irá se filiar e também não descarta a possibilidade de concorrer à prefeitura de Juazeiro do Norte:

— Vou continuar defendendo meu mandato, dialogando e estando junto com o governo caso ele atende os interesses dos brasileiros. Já tem partidos me procurando — disse.

Antes da fotografia, Yury já havia incomodado os dirigentes do PL. Em maio deste ano, Yury do Paredão desagradou os dirigentes do partido ao comparecer a um evento com Lula.

Desde o início de seu mandato, o parlamentar fez acenos ao governo federal. Em fevereiro deste ano, quando o Planalto articulava para evitar uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos ataques golpistas do dia 8 de janeiro, ele chegou a retirar sua assinatura do requerimento.

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