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BRASIL

Deputado que chamou Lula de "líder de quadrilha" integra comitiva do presidente à China

O parlamentar fez a declaração em suas redes sociais, em post que defendia o senador e ex-juiz Sergio Moro

Manente: Manente:  - Foto: Agência Câmara

Entre os mais de 139 convidados para integrar a comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em sua viagem à China nesta semana, um nome se destaca. O deputado federal Alex Manente (Cidadania), além de opositor do petista, já o chamou de "líder da maior quadrilha do Brasil” em postagem nas redes sociais.

A declaração foi feita em 2020, em um post em que o parlamentar defendia o ex-juiz e atual senador Sergio Moro (União). À época, o ex-magistrado tinha deixado o cargo de ministro da Justiça no governo de Jair Bolsonaro.

“Eu acredito no Sergio Moro. Foi ético para prender o líder da maior quadrilha do Brasil. Foi firme para seguir a maior operação de combate à corrupção do mundo”, escreveu Manente.

O deputado foi convidado para integrar a comitiva presidencial por ser o líder do Cidadania na Câmara. O grupo que fará a viagem é formado por membros da frente parlamentar Brasil-China, lideranças partidárias e de representantes do governo nas Casas. Ao todo, mais de 100 empresários e 39 parlamentares foram convidados.

Na lista, há até mesmo representantes de partidos de oposição, como os deputados federais Fausto Pinato (PP-SP), Eduardo da Fonte (PP-PE) e Paulo Alexandre Barbosa (PSDB-SP). Há ainda parlamentares de legendas do Centrão, como Fábio Macedo (Podemos-MA), que é líder do partido, e Fred Costa (Patriota-MG), que está à frente do Patriota na Câmara.
 

Já no grupo de empresários, estarão presentes nomes que contribuíram para a campanha de Bolsonaro ou de aliados dele, além de parlamentares que deram sustentação à gestão anterior. De acordo com o Entre os membros da comitiva está Hugo Leonardo Bongiorno, diretor na Avenorte, grupo do setor de avicultura, que segundo registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deu uma doação de R$ 25 mil para a campanha do ex-presidente. Também há uma contribuição em seu nome de R$ 62,5 mil para o governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), aliado de Bolsonaro.

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