Deputados que negaram a ocorrência de ataques à Câmara serão "chamados à responsabilidade", diz Lira
De acordo com Lira, um deputado não pode divulgar "fatos que não condizem com a realidade"
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta segunda-feira (16) que parlamentares que negaram a destruição causada na Casa Legislativa nos atos terroristas do dia 8 de janeiro serão "chamados à responsabilidade". De acordo com Lira, um deputado não pode divulgar "fatos que não condizem com a realidade".
A fala de Lira é uma referência ao deputado eleito Abílio Brunini (PL-MT), que gravou um vídeo no Salão Verde da Câmara afirmando que o local não teve "praticamente nenhum estrago".
Leia também
• Brasília retorna à normalidade uma semana após atos terroristas
• Governo troca comando da EBC após 'incômodo' com cobertura de atos terroristas
• MP realiza 132 audiências de custódia neste domingo para ouvir presos em atos terroristas
— Todos que tiverem responsabilidade vão responder. Inclusive parlamentares que andam difamando e mentindo, com vídeo, dizendo que praticamente houve inverdades nas agressões que a Câmara dos Deputados sofreu em seu prédio. Então esses deputados serão chamados à responsabilidade, porque todos viram — afirmou Lira, em entrevista coletiva.
Questionado se estava falando do caso de Brunini, o presidente da Câmara confirmou:
— Justamente isso. Eles terão que ser chamados à responsabilidade, porque, de qualquer maneira, um parlamentar eleito não pode estar divulgando fatos que não condizem com a realidade.