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Dino agradece apoio após polêmica da "dama do tráfico"

Presidente Lula afirmou que o ministro vem sendo alvo de "absurdos ataques artificialmente plantados" e que o aliado "reiterou que jamais encontrou com esposa de líder de facção criminosa"

Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio DinoMinistro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino - Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, se pronunciou após o caso envolvendo supostas agendas com Luciane Barbosa Farias, mais conhecida como a "dama do tráfico" no Amazonas. Em publicação na rede X, Dino afirmou que segue "sem medo" e "fiel" aos seus princípios.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva o defendeu nesta quarta-feira. Ele afirmou que Dino vem sendo alvo de "absurdos ataques artificialmente plantados" e que o ministro da "reiterou que jamais encontrou com esposa de líder de facção criminosa".

Lula afirmou ainda que o Ministério da Justiça tem "coordenado ações de enorme importância para o país" e que essas ações "despertam muitos adversários".

O ministro Alexandre Padilha (SRI) chamou as acusações contra o ministro Flávio Dino de "infundadas" e "irresponsáveis".

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"As acusações infundadas contra o ministro Flávio Dino são irresponsáveis. Presto, também, todo meu apoio ao amigo Dino e contra quem promove ódio e fake news", escreveu nas redes sociais.

O ministro Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação) afirmou que o governo não vai recuar nas ações de combate as organizações criminosas e que não serão "acuados por ações orquestradas do cime organizado e das milícias".

"Os que imaginam que seremos acuados por ações orquestradas do crime organizado e das milícias bateram em porta errada. Todo apoio e solidariedade ao ministro Flávio Dino. As digitais dos milicianos e seus aliados estão cada vez mais nítidas. Não recuaremos um milímetro na determinação do Presidente Lula em combatermos as organizações criminosas e seus cúmplices, em qualquer lugar onde eles estejam escondidos", escreveu.

Já o ministro Silvio Almeida (Direitos Humanos), à frente da pasta que pagou uma passagem para Luciane Barbosa Farias ir a Brasília, disse que há "ataques difamatórios e claramente coordenados" contra Dino. "No caso específico, a senhora Luciane Barbosa Farias participou de um evento organizado pelo Comitê Nacional de Prevenção e Combate à Tortura, indicada como representante da sociedade civil pelo Comitê Estadual do Amazonas. Nem o Ministro, nem a secretária nem qualquer pessoa do Gabinete do Ministro teve contato com a indicada ou mesmo interferiram na organização do evento, que contou com mais de 70 pessoas do Brasil todo. Os próceres da extrema-direita brasileira não têm compromisso com a verdade nem com Brasil; não têm compromisso com o combate ao crime organizado; se valem de distorções para difamar, caluniar e destruir as conquistas do povo brasileiro. Estas pessoas não irão interromper o Brasil novamente", afirmou.

Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, afirmou que Dino tem uma "trajetória irretocável" e que os ataques são 'irresponsáveis e levianos" e "tentam apenas desgastar a imagem do ministro".

Quem é a 'dama do tráfico'
O jornal “O Estado de S. Paulo” revelou que Luciane Farias, apontada em investigações como a “dama do tráfico amazonense”, esteve na pasta em duas ocasiões com o secretário de Assuntos Legislativos, Elias Vaz. Ela é mulher de Clemilson Farias, o Tio Patinhas, chefe do Comando Vermelho, que está preso, cumprindo pena de 31 anos. Ela também foi sentenciada a 10 anos, mas responde em liberdade.

Sobre a audiência com Elias Vaz, o Ministério da Justiça afirma que o secretário reuniu-se com uma delegação de mulheres levada por Janira Rocha, ex-deputada estadual pelo PSOL no Rio e vice-presidente da Comissão de Assuntos Penitenciários da Associação Nacional da Advocacia Criminal. Dino reiterou que nunca recebeu “ninguém ligado a facções”, o que não impediu a exploração política do episódio.

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Luciane afirmou que participou de "audiências" com a presença de Dino na pasta chefiada por Silvio Almeida (Direitos Humanos), ainda que sem ter conversado diretamente com o político. Pelas redes sociais, Dino chamou as afirmações de "absurdo".

"Tais audiências — que teriam ocorrido no Ministério dos Direitos Humanos segundo a declarante — JAMAIS OCORRERAM. Qual vai ser o próximo absurdo ? Vejam: a declarante diz que me viu, mas que nunca conversou. Qual terá sido o crime que cometi ? Peço ajuda aos colegas juristas", publicou.

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