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STF

Dino diz que, se aprovado para o STF, será "facilitador do diálogo entre poderes"

Ministro da Justiça visitou senadores do Podemos e PSDB e outros que ainda se declaram indecisos na véspera de sabatina na CCJ

Flávio Dino Flávio Dino  - Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

Na véspera de ser sabatinado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, o ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou que, caso seu nome seja aprovado para ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), será um "facilitador do diálogo entre poderes".

— Sei distinguir o que é o papel de um juiz e de um político. Se tiver a honra de receber a aprovação levarei comigo esse compromisso de ser um guardião e um facilitador do diálogo entre os poderes — afirmou ele.

Dino diz que a participação de senadores na Cúpula do Clima (COP-28), em Dubai, dificultou algumas agendas, mas que conversou com 90% dos parlamentares, alguns deles por telefone.

— Eu gostaria que fossem todos, mas há uma vantagem. Eles me conhecem bastante, então, não é uma apresentação — disse Dino.

O ministro dedicou parte do último dia antes da sabatina ao Senado para visitar opositores. Entre os escolhidos, o indicado ao STF conversou com Plínio Valério (PSDB-AM), Styvenson Valentim (Podemos-RN) e Oriovisto Guimarães (Podemos-PR). Dino também esteve mais cedo com Alessandro Vieira (MDB-SE), que, apesar de ser de um partido da base do governo, é independente.

Plínio Valério declarou voto contra Dino, mas aceitou receber o ministro, com quem tratou de temas relativos ao Amazonas.

— Foi cordial. Mesmo sabendo que meu voto é não, ele veio conversar. Falamos sobre demarcação de terras e também sobre as raízes dele no Amazonas. O pai nasceu em Itacoatiara, perto de Manaus — disse Valério, que segue votando contra a indicação.

Styvenson e Oriovisto não revelaram como vão votar amanhã com relação a Dino e Paulo Gonet, indicado à Procuradoria-Geral da República. O Podemos, no entanto, é um partido considerado majoritariamente de oposição, mas que está na mira do governo, como uma sigla em potencial a agregar mais votos para a base governista.

Além dos encontros individuais, Dino esteve mais cedo também com a bancada do PSD, a maior do Senado. Dos 15 senadores, não estavam Irajá, Nelsinho Trad e Rodrigo Pacheco. À mesa, os temas foram o tratamento dado à classe política pela Justiça e a postura que Dino deverá ter no STF: a de juiz e não mais a de político. Haverá ainda um encontro com a bancada do MDB no início desta noite.

Dino e Gonet serão sabatinados nesta quarta-feira na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Na sequência, a indicação de ambos será votada pelo plenário do Senado.

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