Dirceu cobra "despertar" da esquerda para a eleição de 2026
Ex-ministro petista avalia que governador de São Paulo já é o nome preferido de parte do eleitorado para a disputa pela Presidência da República
O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (PT) afirmou que a esquerda precisa “despertar” para a eleição em 2026 e que o nome da direita para a disputa presidencial é o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). A análise foi dada nesta segunda-feira, durante um evento na Pontífice Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Dirceu se prepara para disputar as eleições do ano que vem concorrendo a uma vaga de deputado federal.
O petista também pediu maior conexão entre os quadros progressistas do país, argumentando que a direita “sabe o que quer” e que “nós precisamos saber o que nós queremos”.
Ele defendeu maior presença nas ruas, acrescentando que parte da direita “não quer” mais o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que se encontra inelegível, na disputa pela Presidência. Tarcísio de Freitas, nessa avaliação, já estaria sendo “abraçado” pelo mercado como candidato ideal devido aos programas de privatização que poderia vir a implementar.
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— Nós temos que começar a pensar em uma plataforma. É preciso despertar, a eleição está aí. Em outubro começa a campanha eleitoral. Ela será em outubro do ano que vem, mas começa agora. Nós temos pouco tempo — disse Dirceu, antes de continuar. — O candidato da direita chama-se Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo. E a elite de São Paulo já o abraçou.
Para Dirceu, mesmo que a baixa adesão de público na manifestação contra a anistia ao 8 de Janeiro, neste domingo, tenha sido motivo de sátira entre bolsonaristas, “o importante é ir para as ruas e lutar”. O ex-ministro acredita que a melhor forma de se opor ao projeto encampado por bolsonaristas é intensificar as manifestações populares contra a pauta.
— Foram só 7 mil pessoas (no ato de domingo), mas não tem importância, o importante é ir para as ruas e lutar — afirmou. — Nós temos que ter consciência de que se nós não nos levantarmos eles nos vencerão, como já aconteceu no passado.