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Diretor da OMS celebra indicação de Nísia ao Ministério da Saúde: "Trabalharemos juntos"

Presidente da Fiocruz foi anunciada nesta quinta-feira (22) por Lula como a futura titular da pasta

Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMSTedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS - Foto: World Health Organization / AFP

A indicação da presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade, ao Ministério da Saúde foi celebrada pelo diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus. A socióloga, à frente da fundação brasileira desde 2017, foi anunciada na quinta-feira (22) pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva como a primeira mulher a chefiar a pasta da Saúde.

“Parabéns à minha amiga Dr. Nísia Trindade @nisia_trindade por ser indicada para ser ministra da saúde do Brasil, a 1ª mulher a assumir esta posição. Tudo de bom e conto que trabalharemos juntos nos próximos anos para avançarmos na #Saúde paraTodos!”, escreveu o diretor da OMS no Twitter.

Pelo cargo na Fiocruz, uma das maiores instituições de saúde do Brasil, Nísia já se encontrou algumas vezes com Tedros. Pouco antes da Covid-19 ter sido declarada como uma emergência global, a futura ministra esteve na sede da OMS, em Genebra, representando a fundação brasileira durante encontro com mais de 300 especialistas internacionais convocados pela organização para avaliar o cenário e o combate ao novo coronavírus.

Na época, Nísia foi uma das debatedoras do evento, e chegou a coordenar as sessões durante um dos dias do encontro, que definiu as primeiras prioridades de uma agenda global de pesquisa relacionadas ao Sars-CoV-2.

Em 2018, Nísia também integrou o grupo de trabalho para construção do Plano de Ação Global da OMS e, no ano seguinte, atuou como membro grupo consultivo da organização para implementação da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).

Quem é Nísia Trindade, futura ministra da Saúde?
Doutora em sociologia e mestre em ciência política, Nísia foi diretora da Casa de Oswaldo Cruz por sete anos, e vice-presidente de Ensino, Informação e Comunicação da Fiocruz, durante cinco anos, antes de se tornar também a primeira mulher a estar à frente da fundação – da qual é servidora pública desde 1987.

Durante a pandemia da Covid-19, destacou-se pelo protagonismo da Fiocruz no combate à emergência de saúde, como ao coordenar o acordo feito pelo Ministério da Saúde com a Universidade Oxford e a farmacêutica AstraZeneca para a transferência de tecnologia que permite a produção integral da vacina contra o novo coronavírus hoje no Brasil.

Após ser anunciada por Lula, Nísia disse ao GLOBO que sua missão é entregar o Sistema Único de Saúde (SUS) fortalecido, e que o Ministério da Saúde precisa reassumir seu papel de coordenação efetiva.

"Uma (das prioridades) será a recuperação da capacidade de coordenação do Ministério da Saúde junto a todos os estados e municípios. Com isso, poderemos avançar na vacinação, na questão das filas, que o presidente tanto mencionou no seu discurso hoje, para procedimentos e cirurgias eletivas. Todas essas questões requerem uma coordenação do Ministério da Saúde", afirmou a futura titular da pasta.

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