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Política

É o tal do voto eletrônico, diz Bolsonaro ao ironizar suspensão das prévias do PSDB

Bolsonaro, porém, não mencionou o PSDB ou o nome dos candidatos ao ironizar a "confusão"

Presidente Jair Bolsonaro (sem partido)Presidente Jair Bolsonaro (sem partido) - Foto: Isac Nóbrega/PR

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ironizou a suspensão das prévias do PSDB entre os governadores João Doria (SP) e Eduardo Leite (RS), além de Arthur Virgílio, ex-prefeito de Manaus (AM), causada por causa das falhas do aplicativo de votação destinado aos filiados.

"Viu a confusão ontem? Não vou falar nisso porque não tenho nada a ver com outro partido, mas deu uma confusão em São Paulo ontem. É o tal do voto eletrônico, aí", disse o presidente a apoiadores nesta segunda-feira (22), em frente ao Palácio da Alvorada.

A decisão de adiar a votação, porém, ocorreu após reuniões em Brasília. O presidente do PSDB, Bruno Araújo, disse no domingo (21) que a retomada da votação acontecerá assim que os problemas do aplicativo forem corrigidos.

Bolsonaro não mencionou o PSDB ou o nome dos candidatos ao ironizar a "confusão". O presidente estava ao lado do jogador de vôlei Maurício Souza, demitido do Minas Tênis Clube após publicar mensagens homofóbicas em seus perfis nas redes sociais.

A votação do PSDB ocorreria das 7h às 15h de domingo (21), foi ampliada até as 18h e terminou suspensa.

A avaliação geral é de que as dificuldades no aplicativo prejudicaram a imagem do PSDB -as prévias, antes uma iniciativa inovadora, se tornaram um vexame colocado na conta da direção nacional, que bancou a ferramenta.

O aplicativo custou mais de R$ 2 milhões ao PSDB, mas os gastos das prévias são maiores, chegando a R$ 9 milhões -incluem a realização de evento em Brasília, neste domingo (21), e a verba para cada campanha, que foi de mais de R$ 1 milhão. Há ainda as passagens e hospedagens para que prefeitos de todo o Brasil fossem à capital federal.

Bolsonaro chegou a promover atos de raiz golpista no feriado de Sete de Setembro para defender, entre outras pautas, a adoção do voto impresso.

Mas o presidente modulou o discurso e passou a afirmar aos apoiadores que as eleições de 2022 são confiáveis, pois o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) criou um grupo, que inclui as Forças Armadas, para fiscalizar o processo eleitoral.

Na mesma fala aos apoiadores, Bolsonaro voltou a defender a candidatura do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, ao governo de São Paulo em 2022. Também elogiou o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo).

Bolsoaro ainda criticou a proposta de adoção do semipresidencialismo, bandeira do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

"Tem certas coisas que são tão idiotas que não dá nem para discutir", disse o presidente. "Se for levar ao pé da letra o semipresidencialimo ou outro regime parecido, eu teria poder de dissolver o Congresso", afirmou Bolsonaro.

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