'É preciso que cada um assuma a sua responsabilidade', diz Gilmar ao votar contra cultos presenciais
A possibilidade de governadores e prefeitos proibirem a realização de cultos religiosos como medida restritiva de combate à pandemia da Covid-19 foi a julgamento pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira (7). A decisão do Supremo acontecerá no momento em que a doença que já matou mais de 330 mil pessoas no Brasil.
A controvérsia decidida em plenário resolve dois julgamentos divergentes. O ministro Gilmar Mendes indeferiu ação (ADPF 811) do PSD (Partido Social Democrático) contra decreto que vetava eventos religiosos no Estado de São Paulo. Em outra ação (ADPF 701), o ministro Nunes Marques autorizou atividades religiosas no país, desde que se respeitem os protocolos sanitários.
A PGR (Procuradoria Geral da União) e AGU (Advocacia Geral da União), favoráveis à decisão do ministro Nunes Marques, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro, iniciou o julgamento com sua sustentaçãodo argumento da liberação das igrejas de realizarem cultos sob protocolo sanitário.
Após um breve intervalo, o primeiro ministro a votar foi Gilmar Mendes, que defendeu a proibição para evitar o agravamento da pandemia. "É preciso que cada um de nós assuma a sua responsabilidade. E isso precisa ficar muito claro. Não tentemos enganar ninguém, até porque os bobos ficaram fora da corte", disse.
O julgamento acontece enquanto o Brasil continua batendo recordes de mortes. Na terça-feira (6), o País ultrapassou, pela primeira vez, a marca de 4 mil óbitos em decorrência do novo coronavírus registrados em 24 horas.
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