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Eduardo Bolsonaro

Eduardo Bolsonaro é processado por sindicato após chamar Polícia Federal de "cachorrinhos do Moraes"

Ação foi protocolada no 1º Juizado Especial Cível de Brasília; em março, ao defender seu pai, o deputado comentou atuação da corporação

Deputado federal Eduardo Bolsonaro Deputado federal Eduardo Bolsonaro  - Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

O Sindicato dos Delegados de Polícia Federal no Paraná protocolou nesta segunda-feira uma ação contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) no 1º Juizado Especial Cível do Tribunal de Justiça de Brasília. O caso foi inicialmente divulgado pelo jornal "O Estado de S.Paulo" e confirmado, em seguida, pelo Globo.

O processo ocorre após o parlamentar ter se referido à Polícia Federal como "cachorrinhos de Moraes", em alusão a uma suposta leniência ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A declaração foi dada durante entrevista ao jornal Diário da Região, em março deste ano, quando o parlamentar defendia seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

— Depende de qual Polícia Federal: a normal ou a do Moraes? Com certeza, a Polícia Federal que cumpre ordens do Alexandre de Moraes, que faz parte desta investigação toda (...) Porque ele (Moraes) está julgando o cartão de vacina do presidente se nem é mais presidente? Porque esses inquéritos todos caem na mão dele? — questionou Eduardo Bolsonaro à época.
 

Na petição inicial, o sindicato solicita uma indenização de R$ 56,4 mil sob a justificativa de que a declaração maculou a imagem da corporação. Após o acionamento, contudo, a juíza Gláucia Barbosa Rizzo da Silva solicitou que o coletivo justifique sua legitimidade para propor uma ação em um juizado especial. Há possibilidade de que o processo venha a ser redirecionado.

A fala sobre a PF ocorreu no mesmo dia em que Bolsonaro foi indiciado no inquérito que apura falsificações de cartões de vacina. Nesta mesma entrevista, Eduardo negou que o pai tenha cometido qualquer irregularidade:

— Para que falsificaria? Não tem porquê. Eu entrei em vários países sem cartão de vacina, porque uma das exceções era missão oficial. Se o presidente tem passaporte diplomático, está em missão oficial, isso é o suficiente para entrar em qualquer país sem vacina — defendeu.

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