DEPUTADO ELEITO

Eduardo Bolsonaro é vaiado em cerimônia de diplomação do TRE-SP; assista

Deputado federal também foi acolhido aos gritos de 'mito' por parte da plateia

Eduardo Bolsonaro sendo diplomado deputado federalEduardo Bolsonaro sendo diplomado deputado federal - Foto: reprodução/TRE-SO

Vaias ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro (PL), e a outros parlamentares bolsonaristas marcaram a cerimônia de diplomação de deputados federais e estaduais, senador e governador de São Paulo, realizada nesta segunda-feira na capital paulista.

Terceiro deputado federal mais votado no estado, Eduardo Bolsonaro foi vaiado e aplaudido concomitantemente pelo público da cerimônia, formado por convidados dos parlamentares, enquanto recebia o diploma de eleito. Parte do público o aclamava com gritos de "mito", enquanto outra parte gritava "não vai ter golpe", em alusão aos atos antidemocráticos de apoiadores de Bolsonaro inconformados com a derrota na eleição.

Também foram vaiados os deputados Ricardo Salles (PL-SP), ex-ministro do Meio Ambiente, e Mário Frias (PL-SP), ex-secretário de Cultura do governo Bolsonaro. Carla Zambelli (PL-SP), a segunda parlamentar mais votada, não compareceu à cerimônia.

Foram diplomados pelo TRE-SP, além do governador eleito Tarcísio de Freitas, o vice-governador eleito, Felício Ramuth (PSD), o senador Marcos Pontes (PL-SP) e seus dois suplentes (Alberto da Fonseca e Sirlange Manga). Receberam diplomas ainda os eleitos 70 deputados federais eleitos por São Paulo e os 94 deputados estaduais eleitos no Estado. O evento marca oficialmente o fim do período eleitoral e antecede a posse dos eleitos.

Tarcísio de Freitas (Republicanos), por outro lado, não foi vaiado. Durante sua diplomação, ouviram-se gritos de "mito". O governador Rodrigo Garcia (PSDB), candidato derrotado à reeleição, não compareceu à cerimônia.

Durante a diplomação, as codeputadas estaduais eleitas pelo mandato coletivo do Movimento Pretas, do PSOL, levantaram uma faixa com os dizeres "o povo preto quer viver". As codeputadas estaduais da Bancada Feminista, também do PSOL, protestaram pedindo justiça para Felipe Silva de Lima, suspeito morto durante confronto com a polícia em um tiroteio em Paraisópolis durante visita do então candidato Tarcísio de Freitas à comunidade. O caso é investigado pela Polícia Civil, que descartou a hipótese de atentado contra Tarcísio.

A onze dias da posse, Tarcísio ainda não nomeou parte significativa de seu secretariado. Até o momento, já foram anunciados 13 secretários de um total que, segundo o governo de transição deve chegar a 23. Hoje, o governo Garcia tem 24 pastas. O governador bolsonarista tem lidado com assédio de partidos que o apoiaram no segundo turno, como o PSDB e o União Brasil, que buscam espaço no novo governo, mas até o momento não os contemplou.

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