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BRASIL

Eduardo Bolsonaro se coloca como "plano B" para concorrer à Presidência em 2026

Durante conferência conservadora na Argentina, deputado ressaltou que seu pai, Jair Bolsonaro, é a primeira opção

Eduardo BolsonaroEduardo Bolsonaro - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) se colocou, nesta quarta-feira, como um "plano B" para representar a direita nas eleições presidenciais de 2026. Durante a Conferência Conservadora de Ação Política (CPAC), o parlamentar ressaltou que a primeira opção para concorrer é o seu pai, Jair Bolsonaro, que está inelegível após duas condenações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

— O plano A é Bolsonaro, posso ser o plano B — disse o parlamentar, ao jornal "Folha de S. Paulo".

Durante sua participação no CPAC, Eduardo Bolsonaro criticou a inelegibilidade do seu pai e fez elogios ao presidente argentino, Javier Milei. Ele também criticou condenações a políticos brasileiros como o ex-deputado federal Daniel Silveira. Ele foi condenado a 8 anos e 9 meses de reclusão, em regime inicialmente fechado, pelos crimes de ameaça ao Estado Democrático de Direito e coação.

 

O parlamentar exibiu um cartaz com os rostos dos condenados nos ataques antidemocráticos do oito de janeiro e pediu "liberdade aos presos políticos".

Jair Bolsonaro, por sua vez, enviou uma mensagem de vídeo. Em gravação, Bolsonaro agradeceu o presidente Javier Milei por ter acolhido os foragidos do oito de janeiro. O ex-presidente não viajou porque está com seu passaporte retido mediante as investigações das joias que teria recebido no mandato e correlação com a trama golpista.

— O que passou no oito de janeiro não foi programado pela direita, mas pela esquerda e teve esse final. Temos pessoas presas no Brasil e muitos estão refugiados na Argentina... Então te agradeço pela recepção. São pessoas com suas famílias, mães, pais, avós, que estão no seu país. A dor desses condenados políticos é muito grande — disse o ex-presidente.

Após os atos, brasileiros condenados cruzaram a fronteira e foram abrigados no país vizinho. Em outubro, o Supremo Tribunal Federal (STF) pediu a extradição dos foragidos. Antes de mencionar o oito de janeiro, Bolsonaro iniciou seu discurso elogiando o governo de seu aliado e traçando comparativos entre eles.

Segundo o ex-presidente, os dois se assemelham na "coragem" que tiveram ao selecionar os integrantes de seus primeiros escalões e nas medidas "difíceis" que tomaram.

— Te saúdo pelas medidas difíceis que tomou e que agora o povo vai entendendo. A desvalorização da moeda que teve que fazer e agora a Argentina é um país que se projeta para o mundo. Parabenizo pela coragem de montar uma boa equipe para mudar os rumos de seu país, tive que fazer algo parecido aqui: colocamos pessoas competentes e que poderiam mudar a nação — afirmou Bolsonaro, pontuando momentos de dificuldade de sua gestão, à exemplo da pandemia da covid-19 e a guerra entre Rússia e Ucrânia.

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