Eduardo Leite admite conversas por candidatura e diz que tomará decisão nas próximas semanas
Governador é cobiçado pelo PSD após desistência do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), admitiu nesta quinta-feira que discute a possibilidade de voltar à corrida presidencial após ser derrotado nas prévias do PSDB pelo governador de São Paulo, João Doria. Em evento em Washington, nos Estados Unidos, Leite afirmou que alguns aliados têm defendido sua entrada na disputa e que está correndo para tomar uma decisão sobre uma possível candidatura.
Segundo o governador gaúcho, a decisão será tomada nas próximas semanas em razão da legislação eleitoral, que determina que ele renuncie ao governo do Rio Grande do Sul até o final deste mês caso deseje ser candidato.
Aliados de Leite estão em conversas tanto dentro do PSDB, que dependeria de Doria desistir de sua candidatura, quanto no PSD. Nesta quarta-feira, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, anunciou que não será candidato à Presidência pela sigla comandada pelo ex-ministro Gilberto Kassab. Com isso, abriu a possibilidade de uma filiação de Leite ao partido de olho nas eleições de outubro.
— Eu acredito que temos que contribuir para criar uma alternativa para o país. Há muitas pessoas que pensam que eu posso contribuir como candidato nesta eleição, seja pelo que fizemos no Rio Grande do Sul, seja porque eu sou um político jovem que pode mostrar para a população este caminho para o futuro — afirmou Leite.
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Segundo o governador, ele participará de discussões com aliados nas próximas semanas antes de tomar uma decisão.
— Nós estaremos conversando nas próximas semanas, até porque a legislação eleitoral no Brasil determina que eu renuncie ao meu mandato como governador até o fim deste mês de março. Estamos com pressa — afirmou.
Na entrevista concedida em Washington ao "Atlantic Council", Leite deixou em aberto a possibilidade de uma candidatura ainda pelo PSDB.
O governador destacou que pesquisas eleitorais têm mostrado que ele está melhor posicionado do que o governador de São Paulo, João Doria.
— Eu respeito ele, eu respeito a decisão do partido, mas o que está sendo mostrado é que nós podemos ter uma condição melhor para discutir essa alternativa com a população — disse Leite.