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Senado Federal

Eleição para a presidência do Senado mobiliza ministros do STF em prol de Pacheco

Os integrantes do Supremo lembram do papel de Pacheco em defesa da atuação do Judiciário e democracia

Rodrigo Pacheco, presidente do Senado FederalRodrigo Pacheco, presidente do Senado Federal - Foto: Roque de Sá/Agência Senado

A votação para a presidência do Senado marcada para acontecer nesta quarta-feira tem mobilizado ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) em prol da candidatura de Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Segundo relatos feitos ao Globo, ao menos três magistrados da Corte têm dado telefonemas e conversado com integrantes já veteranos da Casa, assim como eleitos, para manifestar apoio e respaldo a um segundo mandato do atual presidente da Casa.

Nessas conversas, os integrantes do Supremo lembram do papel de Pacheco em defesa da atuação do Judiciário e o papel importante que o senador teve na defesa da democracia. Também apontam a grande interlocução do mineiro com os magistrados, o que resultou na contenção de desgastes entre os Poderes.

De acordo com interlocutores do STF, um dos magistrados que mais tem demonstrado apoio a Pacheco é o decano da Corte, ministro Gilmar Mendes. O senador também tem com a simpatia de Alexandre de Moraes.

Entre os partidos que ganharam prioridade nos contatos vindos do Supremo estão integrantes do União Brasil e Podemos, cujo número de indecisos, na avaliação destes integrantes da Corte, poderá fazer diferença no resultado final.

Na eleição prevista para acontecer nesta quarta, Pacheco rivalizará com Rogério Marinho (PL-RN), ex-ministro de Jair Bolsonaro que terá o apoio da ala bolsonarista do Senado. Cálculos internos feitos pelos senadores mostram que Marinho tem arregimentado mais votos ao longo dos últimos dias.

Por isso, na avaliação dos interlocutores do STF, há o entendimento de que é preciso fortalecer o apoio ao atual presidente.

Nos últimos dias, segundo relatos feitos à reportagem, Marinho chegou a buscar interlocução com o ministro Gilmar Mendes em busca de se mostrar como "não radical" e respeitoso às instituições. Ao ministro, teria se colocado como "moderado".

Entre as principais inquietações dos magistrados no cenário de uma eventual presidência do Senado bolsonarista está a aprovação de projetos que limitam os poderes da Corte, assim como o mandato dos ministros.

Esse tipo de pauta sempre esteve no centro das atenções da base de sustentação do ex-presidente, que chegou a apresentar pedidos de impeachment contra seus principais desafetos no Judiciário, como Alexandre de Moraes.

Na avaliação dos ministros do Supremo, o episódio do pedido de impeachment de Moraes demonstrou a postura democrática de Pacheco em relação ao Judiciário. Em agosto de 2021, o presidente do Senado rejeitou e arquivou o pedido de impeachment contra o ministro do STF.

Na ocasião, Pacheco explicou que submeteu a denúncia de Bolsonaro à Advocacia do Senado, que emitiu um parecer técnico considerando a peça sem adequação legal.

A atuação de Pacheco perante os atos antidemocráticos que culminaram com a destruição dos prédios dos Três Poderes também é elogiada pelos integrantes do Supremo. Na oportunidade, o presidente do Senado repudiou veementemente os ataques terroristas.

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