Eleições 2024: a poucos dias do pleito, São Paulo tem cenário indefinido. Entenda
Eleições 2024: pesquisas indicam empate técnico entre o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o candidato do PSOL, Guilherme Boulos, mas o candidato do PRTB, o azarão Pablo Marçal, vem logo em seguida.
Faltando poucos dias para as eleições, São Paulo, maior colégio eleitoral do País, com um orçamento que ficará próximo dos R$ 120 bilhões em 2025, continua com um cenário embolado. As pesquisas indicam um empate técnico entre o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o candidato do Psol, Guilherme Boulos, mas o candidato do PRTB, o azarão Pablo Marçal, vem logo em seguida. É uma incógnita.
São Paulo virou também um palco antecipado da eleição presidencial de 2026. De um lado, o presidente Lula (PT), embora não esteja presente na campanha como se esperava, torce e trabalha nos bastidores pela vitória de Boulos. De outro, o ex-presidente Bolsonaro está com o prefeito, mas também sem grandes envolvimentos.
Uma eventual vitória de Boulos indicará a força de Lula em São Paulo, principalmente se reverter as dificuldades em parcelas do eleitorado, como mostrou a última pesquisa do Datafolha. O deputado federal encontra forte resistência entre os que têm renda de até dois salários-mínimos, aqueles com o ensino fundamental, os que se declaram pardos e os evangélicos. Nichos que a esquerda luta para manter influência. Na capital paulista, em 2022, Lula obteve 53,54% dos votos contra 46,46% de Bolsonaro.
Visto como um Bolsonaro mais moderno, a tendência ascendente de Marçal pode ser explicada com os cruzamentos demográficos de cada levantamento, que indicam que o ex-coach cresce em ritmo mais acelerado que os demais postulantes à Prefeitura entre eleitores homens, evangélicos, de classe média e que possuem preferência política por Jair Bolsonaro e pelo governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos).
Se chegar ao segundo turno, num cenário mais provável com o prefeito Ricardo Nunes, Marçal se constituirá de fato no mais surpreendente azarão das eleições municipais de 2024, com chances de ser eleito, o que o projetará para um embate presidencial dois anos depois, em 2026, quando Lula tentará a reeleição.