Eleito presidente do TSE, Moraes diz que eleitores não merecem "discurso de ódio"
Ministro do STF diz que não tolerará "milícias digitais" e estará à frente das eleições de outubro
Eleito novo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Alexandre de Moraes afirmou nesta terça-feira (14) que os 150 milhões de eleitores brasileiros "não merecem a proliferação de discurso de ódio, de notícias fraudulentas e disse que a Justiça Eleitoral "não tolerará que milicias pessoais e digitais atentem contra democracia no Brasil".
— A Justiça Eleitoral não tolerará que milícias pessoais ou digitais desrespeitem a vontade soberana do povo e atentem contra a democracia no Brasil —, disse Moraes em discurso feito após o anúncio de sua eleição, feita de forma simbólica.
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Alvo constante de ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL), Moraes assume o TSE no dia 16 de agosto e estará à frente do tribunal durante as eleições de outubro. Ele foi eleito por unanimidade, em uma votação simbólica, que também alçou à vice-presidência o ministro Ricardo Lewandowski. Seu mandato como presidente do TSE vai até abril de 2024.
Ainda em seu discurso, Moraes lembrou que o Brasil é uma das quatro maiores democracias do mundo, porém a única a proclamar os resultados no mesmo dia do pleito, "com absoluta clareza, confiança e absoluto respeito à soberania popular".
— E é isso que os brasileiros merecem em 2022: eficiência, segurança, transparência e respeito à soberana vontade popular, valor estruturante, imprescindível para a formação de uma sociedade justa, igualitária e solidária —, afirmou.