CPMI de 8 de Janeiro

Eliziane bate boca com Marco Feliciano: "O senhor não merece ser chamado de pastor"

Feliciano rebateu dizendo que a senadora era oportunista

Eliziane Gama e Marco Feliciano na sessão da CPMI de 8 de JaneiroEliziane Gama e Marco Feliciano na sessão da CPMI de 8 de Janeiro - Foto: Agência Senado

Relatora da CPMI de 8 de Janeiro, a senadora Eliziane Gama (PSB-MA) e o deputado Marco Feliciano (PL-SP) protagonizaram um acalorado bate-boca na sessão desta quinta-feira (24). Os dois são evangélicos membros da igreja Assembleia de Deus.

O senhor não merece ser chamado de pastor, porque o pastor não é carregado de ódio. (...) Quero dizer que o seu olhar não me intimida — disse ela ao parlamentar, chamando-o de "misógino". No fim, ela citou um versículo bíblico para dizer que Feliciano era como um "fariseu" representado por "sepulcros caiados, formosos por fora, mas cheio de ossos de mortos e imundície por dentro".

— Você foi hipócrita comigo. E que o Senhor tenha misericórdia contigo por causa das mentiras que o senhor fala — disparou ela.

Feliciano se sentiu ofendido e rebateu, chamando-a de "oportunista": — Quando Jesus foi tentando o diabo também usou a Bíblia. Um homem que ataca uma mulher é misógino e a mulher que fala alto com o homem é o quê? Uma oportunista — declarou Feliciano.

O deputado pastor também se queixou do que considera como tratamento "desigual" entre homens e mulheres.

— Quando há uma mulher falando, elas podem tudo e a gente não pode nada. E quando elas falam qualquer coisa, o mundo desaba sobre nós. (...) Se escondem atrás do mimi, do sexo frágil que não acho que mulher seja sexo frágil. Aqui elas batem como homem — afirmou ele.

A briga entre os dois parlamentares evangélicos começou na última reunião da CPMI, que ocorreu a portas fechadas. No encontro, Eliziane pedia a votação de um requerimento para quebrar os sigilos da deputada Carla Zambelli (PL-SP), quando Feliciano interveio chamando-a de "injusta".

A partir daí, os dois passaram a trocar gritos e acusações. Nas redes sociais, cada um deu a sua versão sobre o entrevero na reunião:

"Ela ficou em pé, levantou a voz e apontou o dedo para mim. Questionei se fosse um homem fazendo aquilo. Aí ela se alterou ainda mais e partiu para covardia em atacar minha religião, que por acaso é a mesma dela", escreveu Feliciano no seu Twitter.

A senadora rebateu o post, chamando-o de mentiroso:

"O diabo é o pai da mentira e a verdade liberta, Marco Feliciano. Assuma seus atos e diga a todos que quem partiu para cima de uma mulher foi o senhor. (...) O senhor me pediu perdão e depois vai para as redes sociais tripudiar", publicou Eliziane.

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