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Em 1º de maio, Lula cobra 'ato mal convocado' e acena ao Congresso por projetos aprovados

Presidente participa de ato organizado por centrais sindicais em comemoração ao Dia do Trabalho no estádio do Corinthians, na Zona Leste de São Paulo

Lula participa, em São Paulo, de ato unificado do 1º de maioLula participa, em São Paulo, de ato unificado do 1º de maio - Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Em um ato organizado pelas centrais sindicais em São Paulo, neste 1º de Maio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou a convocação que levou ao baixo comparecimento do público e tentou baixar a temperatura da crise do governo com o Legislativo. Sem novos anúncios para os trabalhadores, o petista fez acenos ao Congresso Nacional pelos projetos e prometeu novidades para o Dia do Trabalho de 2025.

Lula disse que a cobertura da imprensa "dá a impressão de que tem uma guerra entre o governo e o Congresso", mas que ele tem uma bancada progressista minoritária na Câmara e que precisou de alianças para governar

— Quero fazer um reconhecimento. Fizemos alianças políticas pra governar, e até hoje todos os projetos que nós mandamos para o Congresso foram aprovados de acordo com os interesses que o governo queria. Isso por competência dos ministros e dos deputados que aprenderam a conversar em vez de se odiarem - afirmou.
 

Em seguida, Lula listou as notícias positivas da economia, com destaque para a alta na criação de empregos com carteira assinada em março - dado divulgado nesta semana pelo Caged - e apresentou os ministros presentes no palco, sem livrar o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Márcio Macêdo, da cobrança pelo ato esvaziado.

— (Macêdo) é responsável pelo movimento social brasileiro. Não pensem que vai ficar assim. Ontem eu disse para o Márcio que o ato está mal convocado. Não fizemos o esforço necessário para levar a quantidade de gente que era preciso levar — afirmou Lula.

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Lula aproveitou o evento para sancionar a lei que amplia a isenção do Imposto de Renda (IR) a quem ganha até dois salários mínimos, ou seja, R$ 2.824 por mês. O projeto havia sido aprovado pelo Senado há duas semanas.

Também estão presentes no ato o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), e os ministros Luiz Marinho (Trabalho), Márcio Macêdo (Secretaria-Geral da Presidência) e Cida Gonçalves (Mulheres). O pré-candidato do PSOL à prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), também está no palanque ao lado de Lula.

De acordo com os organizadores do evento, tanto o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), quanto o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), foram convidados para a cerimônia de celebração, mas não vão comparecer. Ao GLOBO, Nunes explicou que já tinha dois compromissos previamente marcados para a data. Um deles ocorre na Praça do Trabalhador, no Grajaú, e o prefeito diz frequentar todos os anos.

Corintiano, o presidente aproveitou o evento trabalhista, realizado no estacionamento da NeoQuímica Arena, estádio do Corinthians, para visitar as instalações do clube. Lula foi recebido pelo presidente do Corinthians, Augusto Melo, e pelos ex-jogadores Basílio, Vladimir e Zé Maria. Por volta das 11h, ele bateu bola no gramado e foi presenteado com um uniforme do time.

Neste ano, a defesa da companhia estatal de saneamento, a Sabesp, é as críticas à agenda de privatizações do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), se destacaram entre as pautas dos manifestantes. Panfletos contra Tarcísio foram distribuídos aos presentes.

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