Em carta, mulher que pichou estátua do STF pediu desculpa a Moraes por "ato tão desprezível"
Débora Santos afirmou que outra pessoa começou a escrever "perdeu, mané" em monumento e que se arrepende "amargamente"
A mulher responsável por pichar a estátua A Justiça, que fica em frente ao Supremo Tribunal Federal ( STF), durante os atos golpistas do 8 de janeiro, pediu desculpa ao ministro Alexandre de Moraes, em uma carta, pelo que chamou de "ato tão desprezível". O texto foi escrito à mão por Débora Rodrigues dos Santos em outubro do ano passado.
No documento, endereçado a Moraes, Santos diz que foi a Brasília por acreditar que seria uma "manifestação pacífica e sem transtornos", mas percebeu que o "movimento foi ficando acalorado".
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"Repudio o vandalismo, contudo eu estava ali porque eu queria ser ouvida, queria maiores explicações sobre o resultado das eleições tão conturbadas de 2022. Por isso no calor do momento cheguei a cometer aquele ato tão desprezível (pichar a estátua)", escreveu ela.
Na semana passada, o STF começou a julgar a ação penal contra Santos. Moraes, que é o relator, votou para condená-la a 14 anos de prisão, e foi acompanhado pelo ministro Flávio Dino. Luiz Fux, contudo, pediu vista e interrompeu o julgamento. Nesta quarta, Fux afirmou que irá propor uma pena menor.
Na carta, Santos afirmou que um homem, que ela não conhecia, começou a escrever na estátua, mas que pediu para que ela continuasse porque sua letra seria ilegível. "Talvez tenha me faltado malícia para rejeitar o 'convite', o que não justifica minha atitude, me arrependo deste ato amargamente, pois causou separação entre eu e minha família", disse ela.