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Política

Em crítica ao PT, Bolsonaro afirma que 'mente' quem diz que reforma trabalhista retirou direitos

No início do mês, Lula e a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), elogiaram o governo espanhol por ter revogado mudanças na sua  legislação trabalhista

Presidente Jair BolsonaroPresidente Jair Bolsonaro - Foto: Evaristo Sa/AFP

Após o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicar que deseja fazer mudanças na reforma trabalhista aprovada no governo de Michel Temer (MDB), o presidente Jair Bolsonaro defendeu nesta segunda-feira (17) a medida e afirmou que "mente" quem diz que ela retirou direitos do trabalhadores.

"O governo Temer fez uma pequena reforma trabalhista. Não tirou direito de nenhum trabalhador. Mente quem fala que a reforma trabalhista do Temer retirou direito do trabalhador. Até porque os direitos estão lá no artigo sétimo da nossa Constituição, não podem ser alterados", disse Bolsonaro, em entrevista à Radio Viva, do Espírito Santo.

No início do mês, Lula e a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), elogiaram o governo espanhol por ter revogado mudanças na sua  legislação trabalhista. Aprovada em 2012, a lei serviu de modelo para a reforma trabalhista de 2017, proposta pelo governo Temer.
 

"É importante que os brasileiros acompanhem de perto o que está acontecendo na Reforma Trabalhista da Espanha, onde o presidente Pedro Sanchez está trabalhando para recuperar direitos dos trabalhadores", escreveu Lula.

A reforma trabalhista brasileira alterou cerca de cem artigos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), estabelecendo novas regras sobre férias, banco de horas, jornada de trabalho e demissão. Um dos principais pontos foi a permissão para que o acordado entre sindicatos e empresas tenha força de lei para uma lista de itens, entre os quais jornada, participação nos lucros e banco de horas.

A sinalização de Lula gerou apreensão no ex-governador Geraldo Alckmin, que negocia ser vice do petista na eleição presidencial. Alckmin expressou sua preocupação em encontro com o deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP).

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