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Em entrevista, Bolsonaro ataca STF, Maia e xinga Doria de 'moleque' e 'calcinha apertada'

Presidente da República, Jair BolsonaroPresidente da República, Jair Bolsonaro - Foto: Alan Santos/PR

Em uma longa entrevista ao vivo ao Brasil Urgente, na Band, do apresentador José Luiz Datena, nesta sexta-feira (15), o presidente Jair Bolsonaro voltou a atacar o Supremo Tribunal Federal, o presidente da Câmara dos Deputados e os governadores, em especial João Doria (PSDB-SP), que chamou o presidente de facínora em razão das ações contra a Covid-19.

"Esses governadores, que estão alguns aí junto com João Doria, queriam quebrar a economia do Brasil para colocar na minha conta, mas se o João Doria tivesse o mínimo de vergonha, esse 'calcinha apertada', ele falaria que o Supremo Tribunal Federal me tirou de combate para as ações contra o Covid", disparou Bolsonaro.  Segundo o chefe do executivo nacional, os mais de quarenta pedidos de impeachment contra ele estão engavetados por nenhum se tratar de corrupção. Além disso, ele disse que, agora, estaria, sim, cometendo o crime de desrespeitar o STF ao ajudar Manaus, pois ele estaria impedido pela Suprema Corte de atuar, em detrimento dos governadores.

Mas o principal alvo de Bolsonaro foi mesmo o governador João Doria durante a entrevista. "E vem agora com palavras de baixo calão, como esse governador está usando, me chamando de facínora, isso é coisa de irresponsável. Ele está morto politicamente em São Paulo. Ele não sai na rua em São Paulo, não vai na padaria comprar um pão, não vai na praia. Agora está no desespero tentando me atingir. João Doria fechou São Paulo e foi para Miami, não é exemplo pra nada. João Doria não tem vergonha na cara. Critique o Supremo Tribunal Federal que me proibiu de tomar qualquer ação contra a Covid!", afirmou.

Na entrevista, ele acusou o Supremo Tribunal Federal de o impedir de agir nas ações contra a pandemia. Em outro momento exaltado, ele respondeu às acusações de Doria. "Agora vem esse moleque, esse moleque, me acusar de facínora, seja homem, cara!", disse o presidente, que acusou o governador de se aliar a Rodrigo Maia com fins eleitorais. "E ele que se junta a Rodrigo Maia agora, que está em campanha e quer dar uma de moralista. Foi o responsável por atrasar a agenda do Brasil por dois anos por medidas que não botou em votação. Fez caducar muitas medidas sobro vários assuntos não botando em votação. Quer ganhar a mesa a qualquer custo, não mostrando o que fez", atacou.

Jair Bolsonaro também acusou Maia de "servir aos interesses do PT" ao pautar a Câmara e também criticou o presidente francês Emanuel Macron pelo embate em relação às quimadas na Amzônia. Além disso, o presidente voltou a defender o tratamento precoce com medicamentos sem comprovação científica que, segundo ele, "é demonizado pelo João Doria e muitos outros". "Onde está sendo usado isso, as mortes têm caído assustadoramente", avaliou.

"Essa responsabilidade para sempre de mim não vai colar. É um governador que lamentavemente se perdeu completamente. E o que fez isso daí é a ambição pela cadeira presidencial. É o último capítulo da vida política desse cidadão", bateu Bolsonaro.

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