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Em evento em Minas, Padilha alfineta Zema sobre dívida pública: 'Tem gente que fala, mas não resolve

Ministro das Relações Institucionais elogiou proposta apresentada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco

Alexandre PadilhaAlexandre Padilha - Foto: Agência Brasil

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, alfinetou nesta quinta-feira o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), sobre a dívida pública avaliada em R$ 165 bilhões entre o estado e a União. Durante evento em Belo Horizonte, Padilha elogiou o plano proposto pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), e afirmou que "tem gente que fala, mas não resolve" o problema, em alusão à gestão mineira.

— O presidente Lula vai provar mais uma vez que é o presidente que mais cuida, mais traz investimentos e resolve problemas históricos de Minas Gerais. O presidente provocado pelo presidente do senado, Rodrigo Pacheco, pela bancada federal, pela bancada da Assembleia Legislativa de oposição ao governador, recebeu uma proposta de solução para a dívida. Tem muita gente que fala, mas não resolve, não apresenta soluções — afirmou o ministro das Relações Institucionais.

Segundo Padilha, a proposta apresentada por Pacheco está em discussão com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O ministro também assegurou que o problema será resolvido com o auxílio do governo federal.

Também ontem, o vice-governador do estado, Matheus Simões (Novo), criticou as tratativas junto ao presidente Lula (PT) em relação ao tema:

— É inacreditável que o governo federal, o mesmo que governava esse estado quando passamos pelo desastre de Mariana, tenha se dedicado a enrolar o processo de negociação ao invés de promover o andamento das discussões junto à Samarco — disse Simões.

No final do ano passado, dois modelos estavam em discussão para solucionar a dívida pública. O governador propôs a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), mas enfrentou entraves na Assembleia por privatizar as estatais e congelar os salários dos servidores públicos durante nove anos. Ao final deste período, o estado ainda teria que arcar com juros estimados em R$ 123 bilhões, considerando o parâmetro de reajuste atual, que soma a inflação a uma taxa de 4%, o que levaria a dívida a R$ 210 bilhões.

Pacheco, por sua vez, propôs uma alternativa ao RRF. Além da federalização de empresas, o presidente do Senado sugeriu um programa de recuperação fiscal (Refis) para os estados com descontos em caso de pagamentos à vista. O senador ainda sugeriu que as indenizações que a gestão Zema pode receber de mineradoras responsabilizadas por desastres ambientais fossem redirecionadas à União.

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