ONU

Em eventos na ONU na semana que vem, Lula vai defender multilateralismo

Lula falará sobre reforma da governança global, combate à fome e mudanças climáticas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva em discurso na ONU, em 2023 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva em discurso na ONU, em 2023  - Foto: Ricardo Stuckert / PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defenderá o compromisso dos líderes mundiais com o multilateralismo, durante uma série de eventos em Nova York promovidos pela ONU, como a Cúpula do Futuro e a reunião da Assembleia-Geral das Nações Unidas.

Lula chegará aos Estados Unidos, no próximo sábado, com uma mensagem de união para a comunidade internacional em temas como prevenção de conflitos, mudanças climáticas, ampliação do número de membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU — hoje são apenas EUA, Rússia, China, França e Reino Unido — e mudanças nos organismos multilaterais de crédito.

No domingo, o presidente brasileiro será o segundo orador em um encontro de chefes de Estado e de governo, na Cúpula do Futuro. Propostas do Brasil na presidência do G20, como o combate à fome, o desenvolvimento sustentável e a reforma da governança global serão defendidas por Lula no evento.

— Além das discussões, deve ser divulgado um documento, que seria um pacto para o futuro, que estabelecerá os compromissos dos membros das Nações Unidas com o desenvolvimento sustentável, a paz, a juventude e a reforma da governança global — disse o secretário de Assuntos Multilaterais Políticos do Itamaraty, Carlos Márcio Cozendey.

A Cúpula do Futuro termina no dia 23. Após o evento, Lula terá encontros bilaterais com outros líderes. A lista não foi divulgada pelo Itamaraty.

Na manhã do dia 24, o presidente brasileiro fará o discurso de abertura da Assembleia-Geral da ONU. Será o momento de levantar bandeiras que o Brasil quer emplacar na reunião de cúpula do G20 (grupo formado pelas maiores economias do mundo), em novembro, no Rio de Janeiro.

Perguntado se Lula será cobrado pelas queimadas no país, Cozendey, disse que será uma oportunidade para pedir atenção a essa problema aos líderes mundiais.

— Nesse sentido, acho que é o contrário. [O Brasil] vai levar [a questão] para o cenário internacional e dizer que é preciso agir rapidamente, pois 'vejam só o que está acontecendo no Brasil — disse o diplomata.

Também na terça-feira, Lula vai co-presidir, com o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sanchez, uma mesa redonda sobre democracia e extremismo, com ênfase no crescimento da extrema direita no mundo.

No último dia da viagem de Lula a Nova York, ele terá uma reunião de líderes do G20. Será a primeira vez que o grupo se reunirá na ONU e todos os países que não fazem parte do bloco serão convidados a participar do encontro.

A previsão é que Lula retorne a Brasília ainda na quarta-feira. Seu próximo compromisso internacional será uma visita à Cidade do México, para a posse de Claudia Sheinbaum, no dia 1º de outubro. Sheinbaum assumirá no lugar de López Obrador, aliado do petista na América Latina.

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