rio de janeiro

Em meio à negociação com Planalto, Paes diz que Lula está 'resolvendo o problema do Galeão'

Governo Federal chegou a acordo para editar portaria restringindo os voos do Santos Dumont a um raio de 400km

Presidente Lula em reunião no Rio de JaneiroPresidente Lula em reunião no Rio de Janeiro - Foto: Beth Santos/Prefeitura do Rio

Em visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Rio, o prefeito Eduardo Paes afirmou nesta quinta-feira que o governo federal "está resolvendo" o impasse envolvendo a readequação dos aeroportos Santos Dumont e do Galeão. Como o GLOBO antecipou nesta quinta, o Planalto chegou a um acordo para editar portaria restringindo os voos do Santos Dumont a um raio de 400km. Dessa forma, as operações ficariam restritas a Belo Horizonte, São Paulo (Congonhas) e, possivelmente, Vitória.

A medida vem sendo pleiteada por Paes para assegurar a viabilidade econômica do Galeão, esvaziado nos últimos meses por conta do fluxo de voos atual do Santos Dumont.

Em seu discurso, no qual se referiu à agenda do presidente na capital fluminense como "Lula Day", Paes também reforçou que a vinda do presidente ajuda a destravar projetos de interesse da cidade.

Na manhã desta quinta-feira, Paes, Lula e o governador do Rio, Cláudio Castro, participaram de cerimônia em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, para o lançamento de obras de um anel viário na região e para anunciar a compra de veículos do sistema BRT, com financiamentos e repasses federais superiores a R$ 3,2 bilhões.

-- Estamos resolvendo o problema do Galeão, trabalhando em parceria com governo federal, governo do estado e prefeitura - declarou Paes.

O CEO da Latam, Jerome Cadier, criticou, em entrevista à Globonews, a decisão de limitar os voos no Santos Dumont para beneficiar o Galeão. Para ele, não cabe ao governo decidir de que aeroporto o passageiro deve voar ou para que destino determinado terminal vai oferecer voos.

Sem mencionar a questão aeroportuária, Lula afirmou em seu discurso que a Petrobras anunciará investimentos para a indústria naval do Rio.

O presidente lançará nesta sexta-feira, no Theatro Municipal, a nova versão do Programa de Aceleração do Crescimento, batizada de Novo PAC. A expectativa é que o conjunto de obras que serão anunciadas nesta sexta ultrapasse o patamar de R$ 1 trilhão. A Petrobras deve ficar responsável por investimentos na ordem de R$ 600 bilhões pelo país.

-- O Rio vai voltar a fazer navios, porque a Petrobras vai anunciar um plano de investimentos - declarou o presidente.

Lula fez um afago ainda à presidente da Caixa, Rita Serrano, que participou da cerimônia em Campo Grande. O banco anunciou financiamento de R$ 645 milhões para a compra de ônibus pela prefeitura do Rio, dentro do programa Pró-Transporte.

Lula aproveitou a presença de Rita Serrano, que balança no cargo, para criticar seu antecessor na presidência da Caixa, Pedro Guimarães. Aliado próximo de Bolsonaro, Guimarães se afastou do banco em meados de 2022, em meio a denúncias de assédio. Rita, à época, era a representante dos funcionários no Conselho de Administração da Caixa, e vocalizou as denúncias.

-- A Caixa estava esvaziada (no governo anterior) porque havia um presidente que, em vez de trabalhar, ficava fazendo assédio com as funcionárias - afirmou Lula.

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