Em Nova Iguaçu, Léo Péricles defende CSN e Petrobras 100% estatais
Ele também criticou os problemas de saneamento
Em campanha eleitoral na cidade de Nova Iguaçu (RJ), o candidato à presidência da República pela Unidade Popular (UP), Léo Péricles, defendeu nesta quinta-feira (25) a reestatização da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). Ele também quer que o governo federal assuma 100% das ações da Petrobras.
"A CSN é uma indústria de base central para o Brasil. E tem sede aqui no Rio de Janeiro. Precisa voltar a ser pertencente ao povo brasileiro. Assim como a Petrobras que deve voltar a ser 100% estatal. Essas duas grandes estatais podem ser um motor muito importante para que a indústria possa voltar a se desenvolver nesse país", disse.
Fundada por Getúlio Vargas em 1941 e sediada em Volta Redonda (RJ), a CSN foi privatizada em 1993 durante o governo de Itamar Franco e se tornou uma empresa de capital aberto. Sua atuação engloba toda a cadeia produtiva do aço, desde a extração do minério de ferro até a comercialização de diferentes produtos de interesse de diferentes ramos industriais, entre eles os segmentos automotivo, de construção civil e de embalagens.
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Já a Petrobras é uma sociedade de economia mista controlada pela União, que mantém mais de 50% das ações com direito a voto. Também fundada sob o governo de Getúlio Vargas, foi estruturada em 1953 assumindo a exclusividade na exploração do petróleo no país. O monopólio foi derrubado em 1997 durante o primeiro mandato presidencial de Fernando Henrique Cardoso, abrindo o mercado para empresas estrangeiras.
Parque industrial
Léo Péricles também avaliou que Nova Iguaçu e os demais municípios da Baixada Fluminense possuem um parque industrial abandonado capaz de gerar 100 mil empregos se for reativado. "O governo federal deve encampar esse parque e convocar a classe operária dessa região para assumir essas empresas", propôs.
Ele também criticou os problemas de saneamento enfrentados pelas cidades da Baixada Fluminense. "É uma falta de responsabilidade e de humanidade dos governos não priorizar essa questão. Ainda mais em um estado tão rico como o estado do Rio de Janeiro e em um país tão rico como é o Brasil", disse o candidato, acrescentando que os problemas seriam enfrentados com obras realizadas a partir de frentes emergenciais de trabalho que seriam criadas em seu governo.