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Política

Em primeiro discurso no G20, Lula pede cessar fogo permanente em Gaza e liberação de reféns do Hamas

Presidente recebeu ontem familiares de refém brasileiro

Lula Lula  - Foto: Reprodução

Em seu primeiro discurso à frente da presidência do G20, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Brasil segue trabalhando pelo cessar fogo "permanente" na Faixa de Gaza e pela libertação "imediata" de todos os reféns pelo Hamas.

Lula ainda afirmou que é "fundamental" que a comunidade internacional trabalhe pela solução de dois estados e que sem uma "ação coletiva" as crises mundiais podem se multiplicar e se aprofundar.

O Brasil continuará trabalhando pelo cessar fogo permanente que permita a entrada da ajuda humanitária em Gaza e pela libertação humanitária imediata de todos os reféns pelo Hamas. É fundamental que a comunidade internacional trabalhe para solução de dois estados, vivendo lado a lado em segurança e harmonia. Sem ação coletiva, essas múltiplas crises podem multiplicar-se e aprofundar-se.

Lula deu as declarações durante uma reunião inédita do G20, proposta pela presidência brasileira. Como o GLOBO mostrou, pela primeira vez, as trilhas de Sherpas e Finanças, as duas principais linhas que guiam os trabalhos do G20, estão se reunindo no início de um novo mandato. Os encontros são os primeiros da agenda de trabalho brasileira. A ideia do governo é unir desde o princípio os debates políticos com as possibilidades de financiamento das soluções propostas.

Ainda no discurso, Lula afirmou que o Brasil segue de "luto" com o conflito no Oriente Médio e voltou a criticar a morte de mulheres e crianças.

O Brasil segue de luto com o trágico conflito entre Israel e Palestina, a violação cotidiana do direito humanitário é chocante e resulta em milhares de civis inocentes, sobretudo mulheres e crianças.

Nesta segunda-feira, Lula se reuniu com a irmã e a filha de Michel Nisembaum, cidadão brasileiro-israelense mantido como refém pelo grupo terrorista Hamas. Uma das principais preocupações apontadas durante o encontro é que Michel Nisembaum depende de medicamentos e que não há informação se os remédios estão sendo fornecidos. O líder do governo afirmou que não há novas informações sobre a situação do refém brasileiro.

Após o encontro, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA) afirmou que a diplomacia brasileira segue trabalhando pela liberação de Michel Nisembaum e que, durante a viagem para Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, para participar da COP, o presidente Lula tratou sobre a liberação do refém brasileiro.

Na viagem para a COP ele ligou e encontrou com líderes que tem acesso a direção do Hamas. Nos encontros ele citou o nome dele (Michel), que foi anotado pelos interlocutores e ele continua entendendo que essa é a missão número um.

O Itamaraty confirmou em outubro, que Nisenbaum estava entre os desaparecidos do ataque terrorista do Hamas contra Israel, em 7 de outubro. Acredita-se que ele seja o único brasileiro que ainda é mantido como refém pelo Hamas.

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