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Pré-candidatura à presidência

Em recuo tático, Eduardo Leite diz agora apoiar pré-candidatura de Doria

Ex-governador gaúcho fez carta na qual diz que estará ao lado do paulista. Aliados, no entanto, dizem que ele não descarta candidatura

Eduardo LeiteEduardo Leite - Foto: Reprodução / Twitter

Após um encontro com o ex-governador João Doria (PSDB-SP), o também ex-governador Eduardo Leite (PSDB-RS) divulgou uma carta nesta sexta-feira (22) para dizer que apoiará a pré-candidatura do correligionário paulista à Presidência da República. No documento, Leite menciona reunião com Doria na última terça-feira e diz que o paulista deixou claro que não abriria mão de concorrer ao Planalto após vencer as prévias presidenciais da sigla.

"Qualquer caminho diferente dependeria de entendimento com o próprio candidato escolhido. Assim, me coloco ao lado do meu partido e desta candidatura, na expectativa de que a união do PSDB contribua com a aguardada unificação dos atores políticos do centro daqui até a eleição de outubro", afirma Leite.

O gaúcho tem agido para evitar uma judicialização da disputa, uma vez que os apoiadores de Doria têm se valido do estatuto do partido. A regra estabelece que o vencedor das primárias deve ter sua candidatura homologada na convenção partidária. No entanto, o grupo de Leite e até o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, entendem que o pacto entre os partidos de centro — o que inclui MDB e União Brasil — para lançar uma candidatura única não está submetido ao estatuto tucano. Esse entendimento abriria caminho para Leite voltar à cena.

Agora, porém, Leite tenta acalmar os ânimos e evitar os confrontos na sigla. Ele não quer ser responsabilizado pela divisão do partido. Segundo aliados, trata-se de um recuo tático, e a aposta do ex-governador é que a candidatura de Doria não vai se viabilizar em razão de sua alta rejeição. Além disso, a avaliação também é a de que o próprio PSDB de São Paulo tende a trabalhar contra a candidatura de Doria. Pesquisas mostram que a maior parte dos eleitores não votaria no governador Rodrigo Garcia (PSDB) associado a uma candidatura presidencial do paulista.

O presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, reagiu à carta com elogios a Leite. "Carta madura de um homem público compromissado com o seu estado, o país e o seu partido. Por ações como essa e pelo seu governo no RS ele tem se consolidado como a mais jovem liderança nacional. Tem e terá um papel fundamental na democracia brasileira e no nosso Partido", diz Araújo.

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