GESTÃO PÚBLICA

Em São Paulo, Tarcísio investe fortemente em segurança

Governador lançará, nos próximos dias, novo pacote de medidas para reduzir criminalidade e sensação de insegurança no Estado

Tarcísio de FreitasTarcísio de Freitas - Foto: reprodução/Twitter

Embora tenha aparecido no ranking nacional dos gestores estadual do Atlas Intel entre os dez melhores do País, o governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos), não conseguiu despontar como referência para os outros Estados por causa do nó da segurança pública, que ainda não conseguiu desatar.

Por isso, lançará, nos próximos dias, um novo pacote de medidas para reduzir a criminalidade e a sensação de insegurança no Estado. O pacote inclui um decreto e a promessa de investimentos de R$ 158 milhões para a aquisição de dispositivos eletrônicos de monitoramento, focados no centro da capital e na Baixada Santista, em uma nova etapa do programa “Muralha Paulista”, vitrine da gestão na área.

Tarcísio tem falado sobre o programa desde o fim do ano passado, prometendo “investimentos pesados” no setor após admitir, no balanço do primeiro ano de gestão, que a segurança pública é a área do governo que mais tinha deixado a desejar.

Internamente, entre aliados do governador, há frustração porque o aumento do efetivo policial nas ruas e a redução de algumas estatísticas criminais não tiveram efeito nas pesquisas internas de opinião, que apontam a segurança como a principal preocupação do cidadão.

Na última segunda-feira, durante uma entrevista coletiva, Tarcísio chegou a afirmar, inclusive, que o programa poderia resultar na compra de mais câmeras corporais para a Polícia Militar – o governador foi eleito com a promessa de campanha de retirar os equipamentos, mas uma série de críticas o fizeram recuar após ser eleito, de forma que ele nem suspendeu o programa nem o ampliou.

A ideia de focar as ações no centro da capital e no litoral, segundo levantou ontem o site Metrópoles, de Brasília, tem também um contexto eleitoral. Tarcísio trabalha abertamente pela reeleição de Ricardo Nunes (MDB) em São Paulo e ambos têm uma série de ações conjuntas na região, considerada insegura pelo eleitor.

Além disso, Tarcísio pretende neste ano capitanear um movimento para mudar no Congresso a Lei de Execução Penal para manter os presos mais tempo em regime fechado. Trata-se de um movimento que aliados veem como o primeiro passo da jornada do governador na disputa à Presidência – há o entendimento em seu grupo que a esquerda tem dificuldades em lidar com o tema. 

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