Empresário bolsonarista que ameaçou a vida de Lula é preso em Brasília
Detido pela Polícia Federal, Milton Baldin também é suspeito de financiar atos golpistas
A Polícia Federal prendeu na noite dessa terça (6) o empresário bolsonarista Milton Baldin. Ele havia convocado atiradores para impedirem a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no dia 1º de janeiro, quando participava de um ato, em Brasília, pedindo que as Forças Armadas promovam um golpe no país.
Baldin é suspeito de ser um dos financiadores dos atos antidemocráticos na capital federal. A ordem de prisão foi expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
Leia também
• Acesso ao aeroporto de Campinas é bloqueado por manifestantes golpistas
• Coordenador de Comunicação da PRF anuncia operação para prender lideranças golpistas e depois recua
• Moraes desbloqueia contas de empresários acusados de compartilharem mensagens golpistas no WhatsApp
Natural do Mato Grosso, o empresário está em capital federal desde o resultado do segundo turno das eleições à frente de protestos que tentam impedir que Lula tome posse. Baldin convocou, no último dia 26, CACs (caçadores, atiradores e colecionadores) para participarem de um protesto durante a posse do petista.
Na mensagem gravada em vídeo, que circularam pelas redes sociais, Baldin pede ainda que empresas mandem os seus caminhoneiros para os atos golpistas e a presença dos CACs em Brasília. A fala de Baldin foi interpretada como uma ameaça à integridade física do presidente eleito.
O empresário foi preso ao se afastar do grupo que acampa em frente ao Quartel-General do Exército, mesmo local onde discursou incitando os golpistas armados.
Um dos líderes do movimento na capital federal, o extremista Oswaldo Eustáquio divulgou vídeo logo após a prisão, que foi tratada primeiramente como sequestro pelos radicais por ter sido cumprida de forma planejada, sem causar alarde, quando Baldin estava nos fundos do acampamento.
Veja também
Ato bolsonarista no 7 de Setembro teve 45 mil pessoas, um quarto do público na manifestação anterior
