Entenda o 15 de novembro por meio de obras que têm o evento histórico como pano de fundo
O marco importante aconteceu na hoje Praça da República (também conhecida como Campo de Santana)
Hoje, 15 de novembro, é celebrada a Proclamação da República. Há 135 anos, esta forma de governo era estabelecida no Brasil após um grupo de militares, que tinham o marechal Deodoro da Fonseca à sua frente, assumirem o poder.
O marco importante aconteceu na hoje Praça da República (também conhecida como Campo de Santana). Algumas obras ajudam a entender os acontecimentos que rondam este momento histórico. Confira uma lista a seguir.
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“Proclamação da República”, pintura de Benedito CalixtoA pintura de Benedito Calixto foi realizada poucos anos depois da proclamação, em 1893, e representa uma imagem cristalizada no imaginário popular sobre o que foi aquele acontecimento. A tela tem alguns detalhes que ajudam a entender o evento como o protagonismo dos militares, sem uma participação representativa da população, fazendo eco ao que foi reportado pelos jornais da época — de que a tomada de poder não foi bem compreendida pelas pessoas em geral no momento em que aconteceu.
“O 15 de novembro e a queda da monarquia” (org. Keila Grinberg e Mariana Muaze)
O livro organizado por Keila Grinberg e Mariana Muaze e publicado pela Chão Editora traz os últimos momentos no Brasil da família imperial, que não se demorou no país depois da derrubada do poder de D. Pedro II. A bordo do navio Alagoas, além da família imperial, viajaram criados, o médico do imperador e amigos próximos. A obra traz relatos da princesa Isabel e do casal Manuel Vieira Tosta e Maria José Velho de Avelar, barão e baronesa de Muritiba, sobre o que viram.
“Guerra de Canudos”, dirigido por Sérgio Rezende
Estrelado por José Wilker, Cláudia Abreu, Paulo Betti e Marieta Severo, o filme reconta a história do milagreiro Antônio Conselheiro, que, na década de 1890, liderou mais de 25 mil pessoas em um arraial em Canudos, no interior da Bahia. A obra não retrata especificamente o início da nova forma de governo, mas lembra um dos grandes conflitos naquele período. Isso porque o líder político e religioso protestava, entre outras coisas, contra a república recém-instaurada e isso fez com que o governo armasse contra o movimento uma guerra que sangrou a população lá localizada.
“Cartas da África: registro de correspondência, 1891-1893”, de André Rebouças (org. Hebe Mattos)
André Rebouças deixou o Brasil, em novembro de 1889, magoado com os proclamadores da nascente República, que haviam expulsado o amigo D. Pedro II e a família imperial do país — incluindo a princesa Isabel, a “redentora”. Com “Cartas da África”, que registra a correspondência do engenheiro e abolicionista entre 1891 e 1893, é possível se ter uma boa ideia de como sua vida tomou rumos imprevistos. Quase 200 textos, endereçados a amigos e instituições, anotados à mão em um velho caderno, foram editados pela historiadora Hebe Mattos, resgatando parte considerável de um valioso espólio literário pouco conhecido.
“Lado a lado”, novela de João Ximenes Braga e Claudia Lage
Ambientada no período seguinte à abolição da escravidão e à Proclamação da República no país, a trama de João Ximenes Braga e Claudia Lage apresentou um enredo que retratava um período de transformações políticas e sociais. A protagonista, Isabel (Camila Pitanga), filha de ex-escravizados, é uma bailarina que alcança o estrelato na arte enquanto sua principal rival, a ex-baronesa Constância Assunção, vê a família em decadência após perder o título nobre. A novela ganhou o Emmy Internacional de Melhor Telenovela em 2013.