Erika Hilton pede cassação de bolsonarista após acusá-lo de transfobia em CPI
Abílio Brunini (PL-MT) teria dito que a psolista estava "oferecendo serviços" durante sua fala na comissão
A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) acionou o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados contra o colega de Casa, o bolsonarista Abílio Brunini (PL-MT). A parlamentar pede a cassação do mandato de Brunini, que teria feito um ataque transfóbico contra ela em sessão da CPI do 8 de janeiro nesta terça-feira.
"Não aceitarei que isso ocorra. Enquanto eles se dedicam a atacar mulheres na CPMI, trabalharei para que a Câmara seja um lugar de respeito e decoro para todas nós. E para que os criminosos que atacam a Câmara com sua misoginia e transfobia, e os que a atacaram em 8 de Janeiro, sejam punidos", disse Erika Hilton.
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Durante o depoimento do ex-ajudante de ordem Mauro Cid, Rogério Carvalho e Soraya Thronicke acusaram Abílio Brunini de homofobia contra Hilton. Na ocasião, os senadores afirmaram que o bolsonarista disse que a parlamentar estaria "oferecendo serviços", em referência ao alto índice de mulheres transexuais que recorrem à prostituição por falta de oportunidade. O deputado negou as acusações.
"É só pegar a gravação. Ele foi homofóbico e precisa ser retirado", disse Rogério que foi reiterado por Thronicke.
Ao retomar sua fala, Érika Hilton disse que "todos os argumentos nefastos, de baixo calão, de baixo nível, fora de um decoro parlamentar, que está sendo colocado aqui por parte dessa gentalha é de fato assustador".
"Não aceitarei e não tolerarei ser desrespeitada, interrompida ou colocada em comparações de baixo calão e de baixo nível. Trato todos os colegas com respeito, com diplomacia, e assim também exijo. E aqueles que fugirem desta diplomacia terão que responder criminalmente por qualquer tentativa estereotipada e criminosa da minha identidade. O presidente da sessão Arthur Maia (União-BA) acionou a Polícia Legislativa e o caso é investigado pela Casa"