BRASIL

Ex-líder do governo Bolsonaro na Câmara, Ricardo Barros mira vaga de Moro no Senado

O TRE-PR retomou nesta semana julgamento de ação que pode destituir o ex-juiz federal de mandato na Casa por abuso de poder econômico, e convocar novas eleições

Dep. Ricardo Barros (PP - PR), líder do governoDep. Ricardo Barros (PP - PR), líder do governo - Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados

O ex-líder do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, Ricardo Barros (PP) afirmou que vai entrar no páreo pela vaga deixada por Sergio Moro (União-PR) na bancada do Paraná no Senado caso tenha o mandato cassado pela Justiça Eleitoral. Ainda no ano passado, a cadeira virou alvo de disputa por políticos de todo o espectro político.

— O Ministério Público Eleitoral já deu parecer contra a permanência do mandato do ministro [senador] Sergio Moro, a favor da sua cassação, então o julgamento deve ocorrer em pouco tempo e, havendo a cassação do senador Sergio Moro, eu vou concorrer ao Senado — afirmou Barros, em entrevista à CNN Brasil.

Ele afirma que já teria o aval dos diretórios estadual e nacional do Progressistas para se posicionar como postulante à vaga. Por se tratar de um cargo com eleição majoritária, uma eventual cassação de Moro e sua chapa levaria à convocação de eleições fora de época para decidir o novo ocupante da cadeira. Caso seja candidato, Barros espera ter o apoio de Bolsonaro por ter sido "um leal defensor de seu governo lá no Congresso Nacional".

O Ministério Público Eleitoral acusa Moro de abuso de poder econômico nas eleições de 2022, quando se desfiliou do Podemos, por onde se posicionava como pré-candidato à Presidência, e migrou para o União Brasil no intuito de concorrer ao Senado pela sigla. Com base em notas fiscais enviadas pelo União e por sua antiga legenda, o Podemos, o MPE calculou gasto de R$ 2,03 milhões e considerou que o valor foi excessivo para a disputa ao Senado no Paraná, o que configura, na sua avaliação, abuso de poder econômico. O Tribunal Regional Eleitoral do estado retomou o julgamento do caso nesta segunda-feira.
 

No páreo pela vaga, despontam nomes da direita à esquerda. Na sigla do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o PT, já há disputa interna entre a deputada federal e presidente da legenda, Gleisi Hoffmann (PR), e o também deputado Zeca Dirceu (PR), líder do PT na Câmara. No PL, uma candidatura da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) tem sido citada como possibilidade, embora a principal aposta seja no nome do jornalista Paulo Martins.

No entorno do ex-juiz da Lava-Jato, sua esposa, a deputada por São Paulo Rosangela Moro (União), também é tida como uma eventual candidata ao cargo, caso Moro perca o mandato.

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