Ex-membros da CPI da Covid cogitam convocar Aras ao Senado para pressionar por resposta de relatório
Entre os itens que ainda serão discutidos pelo grupo, também consta o "protocolo do pedido de impeachment (do presidente Jair Bolsonaro) na última semana de novembro"
Ex-integrantes da CPI da Covid, que formam agora uma frente parlamentar de monitoramento das ações propostas pelo colegiado, cogitam convocar o ex-procurador-geral da República, Augusto Aras, a depor no Senado caso ele não se manifeste sobre o relatório final aprovado pela Comissão Parlamentar de Inquérito em até 30 dias. A ideia consta na ata de uma reunião realizada nesta quarta-feira para definir a agenda do grupo nos próximos dias, que inclui viagens a São Paulo e ao Rio de Janeiro.
"Convocação do PGR em alguma comissão caso, em 30 dias não houver manifestação sobre o relatório e os indiciamentos propostos pela CPI daPandemia", diz um dos trecho do documento.
Entre os itens que ainda serão discutidos pelo grupo, também consta o "protocolo do pedido de impeachment (do presidente Jair Bolsonaro) na última semana de novembro". O parecer final da CPI imputa dois crimes de responsabilidade ao presidente da República, por supostamente violar direitos sociais e por agir de modo incompatível com a dignidade, a honra e o decoro do cargo.
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Participaram da reunião de hoje os senadores Omar Aziz (PSD-AM), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Renan Calheiros (MDB-AL), HumbertoCosta (PT-PE), Rogério Carvalho (PT-SE), Eliziane Gama (Cidadania-MA), Otto Alencar (PSD-BA) e Simone Tebet (MDB-MS).
Na próxima terça-feira, 9, o grupo pretende se reunir com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para tratar da votação dosprojetos legislativos encaminhados no relatório final da CPI.
No dia seguinte, alguns deles viajam a São Paulo para entregar uma cópia do relatório a representantes do Ministério Público do estado e integrantes da Câmara de Vereadores de São Paulo, além de uma visita ao Instituto Butantan. Depois, seguem para o Rio de Janeiro, onde possuem agendas previstas ao Ministério Público e à Fiocruz.
A frente parlamentar será dividida em seis vice-presidências: de acompanhamento das investigações; de relações internacionais; de acompanhamento das proposições legislativas da CPI daPandemia; de acompanhamento dos sequelados e dos órfãos da Covid-19; de acompanhamento do planejamento da vacinação para 2022; e de diálogo com a sociedade civil