Saiba quem é o ex-presidente do PROS alvo da PF por suspeita de desvio de dinheiro público
Investigado por organização criminosa, lavagem de dinheiro, e apropriação indébita, Eurípedes Júnior tem um mandado de prisão preventiva
Principal alvo da Operação Fundo no Poço, realizada nesta quarta-feira pela Polícia Federal, Eurípedes Júnior tem um histórico de suspeitas de desvio de dinheiro público. Presidente do Solidariedade e que também foi dirigente do Partido Republicano da Ordem Social (PROS), o político é investigado por organização criminosa, lavagem de dinheiro, furto qualificado, apropriação indébita, falsidade ideológica e apropriação de recursos destinados ao financiamento eleitoral.
Nesta manhã, a PF tenta cumprir um mandado de prisão preventiva contra Júnior e outras seis pessoas, além de 45 mandados de busca e apreensão em dois estados (GO e SP) e no DF. Também foi determinado pela Justiça Eleitoral do DF o bloqueio e a indisponibilidade de R$ 36 milhões e o sequestro judicial de 33 imóveis.
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Em 2022, um helicóptero do PROS, comprado com dinheiro público por R$ 2,4 milhões em 2015 — cerca de R$ 5 milhões em valores atuais —, foi localizado em um hangar na zona norte de São Paulo, após desaparecer em meio a investigações sobre uso indevido de recursos do Fundo Partidário.
Na ocasião, a aeronave, um Robinson R66 Turbine, assim como imóveis e outros veículos, fazia parte de uma série de aquisições irregulares do partido durante a gestão de Júnior, segundo apurações do Ministério Público e da Polícia Federal.
Afastado do cargo, Júnior, apontavam as investigações, usava o helicóptero para fins pessoais em deslocamentos de Planaltina (GO), onde tem residência, até a sede do partido em Brasília.
Em meio à disputa judicial pelo comando da sigla, o então presidente do PROS, Marcus Holanda, registrou um boletim de ocorrência em que acusava seu antecessor pelo sumiço de bens da legenda avaliados em R$ 50 milhões, entre eles o helicóptero.
A aeronave de prefixo PP-CHF foi fabricada em 2013, comporta quatro passageiros e tem operação negada para táxi aéreo, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O modelo é vendido por até R$ 10 milhões, conforme sites especializados.