atos golpistas

Ex-secretário de Segurança Pública do DF diz que houve passividade da PM em atos golpistas

Delegado da PF Fernando Oliveira prestou depoimento à CPI dos Atos Antidemocráticos na Câmara Legislativa do DF

Atos golpistas em BrasíliaAtos golpistas em Brasília - Foto: Evaristo Sá/AFP

O ex-secretário executivo da Segurança Pública do Distrito Federal, delegado da Polícia Federal Fernando de Sousa Oliveira, afirmou nesta quinta-feira (2) que houve "passividade" por parte da Polícia Militar do DF na contenção dos golpistas que atacaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília, em 8 de janeiro.

Eu me senti impotente. (...) Não houve resistência a invasão. Eu posso dizer que houve uma certa passividade [por parte da PM-DF]. Isso vai ser apurado por meio do inquérito policial, o que ocorreu de errado na execução, disse ele, em depoimento à CPI dos Atos Antidemocráticos na Câmara Legislativa do Distrito Federal.

Segundo ele, houve um erro na execução do plano elaborado pelo Departamento de Operações da Polícia Militar (DOP).

O grande questionamento é: por que o departamento de Operações da Polícia Militar não executou o que foi acordado no PAI (Plano de Ações Integradas), afirmou ele, lembrando que a mesmo corporação atuou na megamanifestação de 7 de setembro e na posse do presidente Lula, sem nenhum incidente.

Sousa também afirmou que o então secretário titular, Anderson Torres, viajou aos Estados Unidos sem apresentá-lo ao governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), e aos comandantes das forças policiais.

Com Torres fora do Brasil, Oliveira estava no comando da SSP no dia 8 de janeiro, quando ocorreram os ataques.

Eu não fui apresentado nem ao governador nem aos comandantes das Forças. Com a viagem dele, eu assumiria oficialmente a secretaria na segunda-feira. E a partir daí iria se iniciar as apresentações oficiais, disse ele.

O delegado da PF ainda comentou que ficou "muito preocupado" com a situação de assumir a pasta sem nem ter conhecido o governador em um momento em que havia uma escalada de manifestações em Brasília.

Eu apresento fatos. Eu realmente fiquei muito preocupado. O meu sentimento foi de preocupação, disse ele, e acrescentou que no domingo 8 de janeiro "conhecia Ibaneis a menos de 24 horas".

Oliveira foi enfático em dizer que, no fim de semana dos ataques, ele continuava como secretário-executivo tanto que reportava todas as suas ações a Torres, que se encontrava nos Estados Unidos.

Nós não tínhamos secretário de segurança no domingo, então, concluiu Chico Vigilante (PT).

Veja também

Como Israel construiu uma empresa de fachada para colocar explosivos nos pagers do Hezbollah
ORIENTE MÉDIO

Como Israel construiu uma empresa de fachada para colocar explosivos nos pagers do Hezbollah

PF vai identificar quem está usando o X de forma irregular após decisão que suspende plataforma
BRASIL

PF vai identificar quem está usando o X de forma irregular após decisão que suspende plataforma

Newsletter