Exército barra coronel suspeito de tramar golpe em cargo nos EUA
Comandante do Exército, general Tomás Paiva, não vai mais enviar o coronel Jean Lawand Junior para a Representação Diplomática do Brasil nos Estados Unidos
O comandante do Exército, general Tomás Paiva, não vai mais enviar o coronel Jean Lawand Junior para a Representação Diplomática do Brasil nos Estados Unidos, em Washington.
A decisão foi tomada em reunião entre Tomás Paiva, o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro e o presidente Lula no Palácio do Alvorada nesta sexta-feira. A conversa durou cerca de uma hora e meia.
Na avaliação de Tomás, o coronel deve ficar no país para prestar os devidos esclarecimentos a todos os questionamentos que surgirem sobre o caso. De acordo com a Força, o coronel permanecerá no Brasil no escritório de projetos estratégicos do Estado Maior do Exército.
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Diálogos do coronel Jean Lawand Junior, então subchefe do Estado Maior do Exército, com tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudantes de ordens de Jair Bolsonaro, revelados pela revista Veja, mostram que após a derrota de Bolsonaro nas urnas, Lawand cobrou Cid, repetidamente, que o plano de um golpe de estado fosse colocado em prática.
Mensagens e documentos encontrados pela Polícia Federal no celular do ex-auxiliar de Bolsonaro revelam uma trama para dar um golpe de estado, afastar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e colocar o país sob intervenção militar. Segundo reportagem da revista Veja, havia no entorno próximo do ex-presidente militares e apoiadores conspirando para tentar anular o resultado da eleição de 2022, vencida por Lula.