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8 de janeiro

Exército pune dois oficiais por participarem dos atos golpistas do 8 de janeiro

Quatro sindicâncias foram abertas em março do ano passado para apurar a conduta de militares durante os atos golpistas

Cerimônia no Quartel-General do Exército, em BrasíliaCerimônia no Quartel-General do Exército, em Brasília - Foto: José Cruz /Agência Brasil

O Exército decidiu punir dois oficiais por participação nos atos golpistas do 8 de janeiro após concluir investigações internas. Um militar ficou preso por três dias e o outro sofreu uma advertência.

No total, quatro procedimentos administrativos foram abertos para apurar possíveis transgressões disciplinares e desvios de conduta de militares no dia 8 de janeiro. O Exército, no entanto, concluiu que apenas 2 deveriam ser punidos. A informação foi divulgada inicialmente pela CNN Brasil e confirmada pelo Globo.

Em nota, o Exército afirma que a apuração não encontrou indícios de crime nos casos das sindicâncias, mas sim “transgressões disciplinares na conduta e procedimentos adotados durante a ação no Palácio do Planalto”

As investigações internas foram abertas em março do ano passado por determinação do comandante do Exército, general Tomás Paiva.

Além das sindicâncias, a Força também instaurou 4 Inquéritos Policiais Militares (IPM), que são abertos quando há indícios de crimes, diferente das sindicâncias. Segundo o Exército, um desses inquéritos já levou à condenação de um coronel da reserva.

Ao assumir o cargo em janeiro de 2023, o comandante defendeu a punição de militares que tivessem participado dos atos golpistas de 8 de janeiro.

— Qualquer militar ou civil não está acima da lei — respondeu ao ser questionado sobre possíveis punições.

A identidade dos militares, no entanto, não foi revelada pelo Exército.

Em entrevista ao Globo sobre os ataques golpistas do 8 de janeiro, o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, admite que havia militares dispostos a realizar o golpe, mas afirma que as instituições não embarcaram na tentativa.

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