atos golpistas

"Existe desconfiança sobre indivíduos nas forças armadas, mas não sobre a instituição", diz Padilha

O ministro disse que o atual governo vai apurar os fatos sem poupar qualquer agente político, inclusive o ex-presidente Bolsonaro

Alexandre Padilha Alexandre Padilha  - Foto: Maryanna Oliveira/Câmara dos Deputados

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou nessa segunda-feira (9) que existe desconfiança no governo federal de contaminação de indivíduos das Forças Armadas pelo bolsonarismo, mas não sobre a instituição.

Padilha acusou o ex-presidente Jair Bolsonaro de ter "responsabilidade política e intelectual" nos atos golpistas, de vandalismo e invasão dos prédios do Congresso, Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF).

—Tem um conjunto de instituições que foram contaminadas pelo bolsonarismo. Alguns indivíduos fazem uma gincana para copiar o Capitólio (...) Bolsonaro e bolsonarismo são os mentores intelectuais e espirituais. Não tenho dúvida da responsabilidade política, inclusive de financiamento, de Bolsonaro nas atitudes de ontem —afirmou Padilha durante entrevista ao programa Roda Viva, da TV.

Padilha reforçou a necessidade de punição de todos que comprovadamente participaram dos atos terroristas do último domingo, incluindo Bolsonaro. Ao se referir ao ex-presidente, Padilha o chamou de "covarde", líder de barro" e que "fugiu" do país. O ex-presidente viajou para os Estados Unidos um dia antes da posse de Lula na presidência da República.

— Vamos atrás de quem financiava e vamos atrás da responsabilidade de qualquer agente político, inclusive do ex-presidente Bolsonaro. O ex-presidente não está protegido em relação a qualquer apuração sobre responsabilidade material e de organização dos atos de domingo — disse o ministro.
 

Padilha também criticou o governo do Distrito Federal e atribuiu a depredação do patrimônio público à negligência da gestão do então governador Ibaneis Rocha.

Para o ministro, a atitude de intervenção federal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva serviu para debelar uma tentativa de golpe de estado. Ele ainda disse que a reunião com os governadores com Lula nesta tarde ajudará a enfrentar o bolsonarismo nas forças de segurança dos estados do país.

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